Tenho um relógio de parede da Mondaine, daqueles Stop2Go, em que o ponteiro dos segundos para na posição das 12 horas durante 2 segundos e, depois, o ponteiro dos minutos avança um minuto. Adoro o relógio – só acho que podia ser um bocadinho maior, mas enfim... – e hei-de também ter uma versão de pulso, que foi relançado recentemente.
Entretanto, apareceu-me hoje, via Facebook, esta foto, de um relógio de uma estação de comboios portuguesa, recentemente reparado.
E pus-me a pensar: tal como no caso do icónico mostrador que a Mondaine licenciou*, este relógio português é igualmente único. Desconheço as suas origens, mas a verdade é que adorava que ele existisse não apenas em versões de parede, como em relógios de pulso.
Numa CP que historicamente é uma empresa que dá prejuízo (o que faz algum sentido, visto tratar-se de um serviço público...), o facto de não haver ninguém com cabecinha para rentabilizar este ativo, é algo que me deixa perplexo.
Como duvido imenso que o desenho deste mostrador seja protegido por direitos de autor (como é o caso suíço, que até obrigou a Apple a pagar mais de 20 milhões de dólares para a sua utilização no iOS), arriscamo-nos um destes dias a ver alguém – não necessariamente Português – a faturar à conta disto. E, depois, será tarde demais.
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* Ao contrário do que muitas vezes se pensa, o desenho usado pela Mondaine não foi uma criação da empresa. O mostrador original remonta a 1944 (!), tendo sido desenhado por Hans Hilfiker. A Mondaine licenciou este design à SBB CFF FFS em 1986, para utilização exclusiva.
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* Ao contrário do que muitas vezes se pensa, o desenho usado pela Mondaine não foi uma criação da empresa. O mostrador original remonta a 1944 (!), tendo sido desenhado por Hans Hilfiker. A Mondaine licenciou este design à SBB CFF FFS em 1986, para utilização exclusiva.