Falei pela primeira vez na Boldr em outubro do ano passado, a propósito do modelo Venture Carbon e terminei o post dizendo que o melhor elogio que podia fazer ao relógio é que planeava comprar um em breve.
E é verdade. O que não expliquei na altura é que o modelo que pretendo adquirir não é, na verdade, aquele, mas sim um da gama Expedition, que tanto pode ser este Eiger como praticamente qualquer outro, uma vez que todas as variantes me agradam bastante! O Expedition foi um dos primeiros best sellers desta marca, mas foi recentemente (no final de 2019, penso) redesenhado e, quanto a mim, para melhor [há uma análise à versão anterior aqui, onde é possível ver as diferenças, sobretudos nos ponteiros e bisel interior].
Quando falei do Venture na página do Facebook, um dos leitores referiu-se ao tamanho da caixa como sendo "pequena". Bem, aqui as dimensões são um pouco maiores e penso que os 41mm de diâmetro serão já bastante interessantes para quem achou a de 38mm do Venture pequena.
Este continua a ser um field watch, mas retoma algumas das características dos chamados super compressors, nomeadamente com a utilização de duas coroas, às 2h00 e 4h00, ambas de rosca, sendo a superior usada para mover de forma bidirecional o bisel interior com escala de minutos/segundos.
Este é um relógio mais caro do que o referido Venture, mas também aqui a Boldr subiu a parada em termos de especificações. A caixa é em aço 316L em vez do titânio usado no Venture, mas continuamos a ter direito a vidro de safira com tratamento antirreflexo e resistência à água até 200 metros. Mas neste modelo, e em toda a restante família Expedition, a Boldr usa movimentos suíços Sellita SW200-1 em vez dos mecanismos de origem Seiko.
Note-se também que, ao contrário do que acontece no Venture, onde o movimento de base possui data mas esta não é usada, de forma a criar um mostrador mais "limpo", aqui temos direito a uma janela de data às 4h00.
A legibilidade no escuro de todas as variantes é excelente. Contudo, nesta variante Eiger em particular, temos um mostrador full lume, em que todo o mostrador é luminescente e a visibilidade no escuro é dada através do contraste com os índices e ponteiros, como se pode ver no GIF animado que ilustra este post.
Resta então o preço. Acho que os 514€ pedidos mostram que a Boldr se está a "esticar" um pouco. É verdade que não tem as economias de escala de uma "grande" marca, mas também não tem que se preocupar com margens de comercialização, uma vez que vende os seus relógios diretamente ao público através de um website próprio. Continua a ser um bom preço, mas é um pouco mais elevado do que eu gostaria.