17 dezembro, 2022

Cauny Siza: uma oportunidade perdida

 



Nas última semanas, a minha timeline do Facebook tem estado a ser bombardeada com anúncios deste relógio: um Cauny desenhado pelo arquiteto Álvaro Siza. É a primeira vez que Siza desenha um relógio (para qualquer marca) e devo admitir que ele fez um bom trabalho. Porque é que titulei então que este relógio é uma "oportunidade perdida"? Bem, esse ónus recai sobre a Cauny... e já lá iremos.

Mas, como sempre se deve fazer na vida, comecemos por salientar as coisas boas deste projeto antes de lhe "cascar". Como escrevi acima, o Cauny Siza é realmente muito bem desenhado. Aliás, se esta é efetivamente a primeira vez que o arquiteto português desenha um relógio, ninguém diria! Do mostrador ao desenho da caixa, há aqui elementos muito bons que contribuem para um relógio (para mim) muito bonito.

No caso dos dress watches gosto muito de desenhos com dois ponteiros, como o Armogan que referi recentemente. Neste caso, Siza optou por um desenho com um misto de índices e numerais arábicos nas quatro posições principais. Temos também a originalidade dos ponteiros, que surgem com uma ponta em "seta invertida", na versão White, e com eixos duplos cruzados, na versão Mirror, que resultam muito bem em qualquer dos casos. E, finalmente, a tampa da caixa, ela também original. 

A execução também é boa, com caixa em aço e vidro de safira. As únicas opções de bracelete são as da imagem: pele castanha para o White e preta para o Mirror.

Vamos então às partes más. Eu provavelmente deixaria passar se não fosse a publicidade da Cauny que caracteriza este modelo como uma "obra-prima" e algo que será "eterno". Pois... Não. Mas vamos por partes.

A caixa é efetivamente bonita mas... é muito pequena, mesmo para um dress watch. Os modelos para homem têm um diâmetro de apenas 35mm, que desce para 30mm no caso dos modelos para senhora. Penso que versões de 40mm e 35mm teria sido uma melhor opção. 

Depois, temos o problema do design. Sim, é tudo muito bonito, mas convém que a forma e a função andem de mãos dadas. E a substituição das habituais asas por um eixo central para fixação da bracelete, apesar de não ser a primeira vez que vejo, não é uma boa ideia, já que impede a substituição por braceletes de terceiros. Pior: a Cauny não mostra no website que tenha (e até é possível que tenha) braceletes de substituição e/ou o seu preço.

E depois chegamos ao que mais me preocupa: o movimento. Álvaro Siza desenhou o relógio, mas obviamente não foi ele a decidir qual o movimento a usar. E aqui eu tenho um problema: qual é a lógica de criar uma peça destas e depois usar um movimento de quartzo de fabricante anónimo? 

Mas... Como é que eu sei isso? Bem, porque o movimento usado, se fosse suíço (como um Ronda), certamente seria caso para a Cauny o apregoar aos quatro ventos. Até dou de barato que não seja um movimento mecânico, já que eventualmente seria complicado encontrar um compatível com a reduzida espessura da caixa, certamente um dos pontos principais deste projeto. Mas um quartzo genérico? Quando um suíço custaria pouco mais?

O meu problema com este Cauny Siza é que é uma excelente ideia que resultou num relógio muito bonito e que, caso a Cauny quisesse, podia também ser um excelente relógio. Mas, tal como nos é apresentado, é difícil de olhar para ele enquanto tal, mesmo tendo em conta os razoáveis 175€ que a marca pede por qualquer destes modelos. 

30 novembro, 2022

Armogan Sopraffino Grande 38: a elegância simples

 

A Armogan é uma marca de que falei já várias vezes no blog, a última vez em 2020. Este microbrand continua a produzir um número relativamente reduzido de coleções e variantes (o que eu acho que é uma estratégia prudente) que me agradam sobretudo pela originalidade – esta é uma marca que não procura o caminho fácil (e lucrativo) das hommages mas, pelo contrário, tem conseguido afirmar-se através de uma estética própria e consistente.

É certamente esse o caso de modelo, o Sopraffino Grande 38. O nome refere-se ao diâmetro da caixa (38mm), sendo que existe também uma variante mais pequena, com apenas 33mm. Este modelo de 38mm existe em nada menos de 11 variantes, com diferentes cores de mostrador, caixa e bracelete.

Gosto muito do desenho simples deste relógio com apenas dois ponteiros, cortesia do movimento de quartzo japonês Miyota 2025. Por incrível que pareça, não é fácil encontrar no mercado relógios com apenas dois ponteiros, sejam eles mecânicos ou de quartzo, e este parece-me uma proposta especialmente interessante.

A execução é correta, com um mostrador muito sóbrio que exibe os numerais arábicos com a fonte que a marca tem usado em praticamente todos os seus relógios até agora. A opção permite-lhe também distinguir-se de propostas mais minimalistas mas também mais genéricas e de qualidade duvidosa, como é o caso de marcas como a Daniel Wellington ou a MVMT

As proporções do relógio são muito bem conseguidas, combinando os 38mm de diâmetro com uma largura da bracelete de 20mm. A espessura da caixa é de 8mm e o vidro que protege o mostrador é de safira. Infelizmente, a resistência à água é basicamente inexistente (30m).

O PVP de 179€ para o que é aqui oferecido parece-me um pouco excessivo, para dizer a verdade (por esse preço já se arranjam relógios mecânicos...), mas à data em que escrevo este artigo a marca tinha uma promoção em que o vendia através do seu website por 143,20€, já com portes. Continua a ser um pouco caro, mas enfim...

26 novembro, 2022

Zeppelin 8666-1: viajar em grande estilo

 

No artigo anterior falei dos novos relógios baseados no excelente movimento GMT Miyota 9075. No entanto, só agora soube a que a Pointtec lançou entretanto mais um modelo com este movimento na sua gama 100 Anos Zeppelin, a referência 8666-1, mesmo a tempo de assinalar os 20 anos de criação da marca.

À semelhança dos modelos 8468 na gama Atlantic da marca alemã, também este tem um preço muito competitivo de 499€  ̶  o mais barato que até agora encontrei baseado neste movimento. No entanto, e ao contrário daqueles, acho este modelo mais bonito, com a estética Art Déco que outros relógios nesta gama já tinham inaugurado.

Enquanto outras propostas com a complicação GMT optam por relógios de mergulho ou claramente posicionados como companheiros de aventura, a abordagem da Zeppelin neste seu modelo foi claramente mais dressy, com um mostrador clássico, que oferece numerais arábicos nas posições pares e uma janela de data às 3 horas com proporções corretas.

Os pontos junto às posições horárias oferecem luminescência no escuro, mas não há qualquer aplicação de "lume" nos ponteiros. Este são de cor negra, à exceção do ponteiro do segundo fuso horário, que é azul. 

A caixa, em aço e com fundo em vidro para observação do movimento, tem resistência à água de 5 atmosferas. O seu diâmetro de 42mm parece menor do que a foto sugere, porque a bracelete em pele castanha é fixa através de asas com um espaçamento generoso de 22mm, o que contribui para a ilusão ótica. Infelizmente, não temos direito a vidro de safira, mas apenas a vidro mineral tipo "K1" (equivalente ao "hardlex" da Seiko).

O mostrador, prateado, tem um desenho de tripla escala: horas na posição mais concêntrica; minutos/segundos numa posição acima dessa; e, finalmente, uma escala de 24 horas no extremo da circunferência, para onde aponta o quarto ponteiro. 

Nesta implementação, sem qualquer bisel, não é possível termos dois fusos horários adicionais, mas apenas um. Contudo, e como já explicámos anteriormente, este é um movimento GMT "verdadeiro", no qual é possível acertar de forma independente o ponteiro das horas, e não apenas movimentar o ponteiro adicional do segundo fuso horário.

Ao contrário de outros microbrands, a Pointtec produz a maioria dos seus relógios na Alemanha, sendo este em particular montado na sua fábrica na cidade de Ruhla. A Zeppelin é vendida em Portugal através da SRI, que tem uma loja online. Está também disponível via Amazon.

08 outubro, 2022

Miyota 9075: finalmente um Travel GMT para todos!

 


O relógio da imagem, um Bulova Wilton GMT, é o primeiro de muitos que irão agitar o mercado durante os próximos tempos: um verdadeiro GMT mecânico automático com as funcionalidades de relógios de milhares de euros, mas vendido a um preço bem mais comedido.

O culpado de tudo isto é o novo movimento Miyota (Citizen) 9075 que oferece a qualquer marca a possibilidade de criar relógios com duplo fuso horário com base num movimento automático. No entanto, este novo movimento, e ao contrário do que acontece com o muito mediatizado SII (Seiko) NH34, que já deu origem aos primeiros relógios da marca japonesa, este é um "True GMT" (ou "Travellers GMT", para utilizar a terminologia dos entusiastas mais snobs).

A diferença entre um "verdadeiro" GMT e a funcionalidade de duplo fuso horário implementada pela Seiko no seu NH34, é que neste último é o terceiro ponteiro (exatamente o ponteiro do segundo fuso horário) que podemos facilmente movimentar de forma independente; já no Miyota 9075, podemos acertar o ponteiro das horas "normal" de forma independente, mantendo o ponteiro dos minutos na sua posição original.

Não contente por ser a primeira a oferecer esta funcionalidade a qualquer marca, a divisão OEM da Citizen foi ainda mais longe e implementou-a num movimento da sua gama de topo (9000 series), pelo que este é, ainda por cima, um movimento "high beat" cujo ponteiro dos segundos se move à velocidade de 4Hz, ou seja, 28.800 alternâncias por hora (contra 3Hz/21.600 no caso do Seiko).

Até agora, relógios com esta funcionalidade eram baseados em movimento suíços, mas custavam mais de 1000 euros. No entanto, como veremos neste artigo, o mercado está prestes a ser inundado de propostas abaixo desse valor e, nalguns casos, por cerca de metade do preço!

Vejamos então o que é que o mercado nos reserva já este ano, com diferentes projetos baseados em torno desde novo movimento:

Bulova Wilton GMT



Como já vimos no início do artigo, este foi o primeiro modelo a chegar ao mercado, e não admira: para os mais distraídos, é bom lembrar que a Bulova pertence ao grupo Citizen desde 10 de janeiro de 2008. A marca optou por criar um verdadeiro dress watch GMT, com um mostrador elegante que, infelizmente, utiliza numerais romanos, de que eu não gosto particularmente.

A conjugação do mostrador azul, com um baixo-relevo do globo terrestre, e a bracelete em pele castanha (ref.ª 96B385) parece-me particularmente feliz (existe uma variante com caixa dourada e mostrador beige). A caixa em aço tem um diâmetro de 43mm sem resistência à água (apenas 30 metros) e o mostrador utiliza vidro de safira com tratamento antirreflexo. 

O preço de referência online é de 875 dólares, mas há uma variante muito bonita, com mostrador em preto, por apenas 539€ na Amazon Espanha!

Zeppelin Atlantic GMT Automatic



Por ainda menos dinheiro (499€) iremos poder adquirir o novo Zeppelin Atlantic Automatic GMT já no final de outubro. A ref.ª 8468-3 é a que mais me agrada, uma vez mais conjugando um mostrador em tons de azul com uma bracelete em pele de cor castanha. A caixa, com 42mm de diâmetro, oferece resistência à água até 50 metros e vidro mineral no mostrador bem como no fundo de observação do movimento.

Por mais 30€, este modelo está disponível com bracelete de aço em malha milanesa. E existe ainda uma variante (ref.ª 8468-1) com mostrador prateado e bracelete preta. A distribuição em Portugal está a cargo da SRI.

LIP Nautic Ski Auto GMT 41 mm


A LIP é uma marca Made in France com alguma história que nos traz outra opção distinta com base no Miyota 9075: um relógio de mergulho tipo super-compressor. Trata-se do Nautic Ski Auto GMT 41 mm, que nos é proposto por um preço um bocado puxado, de 940€.

A caixa e as coroas são muito parecidas com as do meu Dan Henry 1970 (outra coisa parecida é a bracelete, que no caso do Dan Henry é de péssima qualidade e que aqui parece ser idêntica...) mas o mostrador tem um desenho mais original, embora não muito do meu agrado. O que mais me tira do sério são os numerais "12" e "6" inscritos nos respetivos índices e que, sinceramente, não lembra ao diabo!

Também aqui temos janela de observação do movimento e uma caixa com 41mm de diâmetro com vidro de safira. A segunda coroa permite controlar um bisel interior com uma escala horária que, na prática, permite a leitura de dois fusos horários adicionais.

Boldr Odyssey Freediver GMT



A Boldr é uma micromarca de que gosto, mas parece que se anda a esquecer desse seu estatuto, com peças cada vez mais caras. É o caso desta sua interpretação de um diver GMT baseado no Miyota 9075, pelo qual a empresa asiática quer cobrar 942€...

A peça até é bonita, com uma caixa em aço com 200 metros de resistência à água, embora um pouco para o grande (44mm). A bracelete é igualmente em aço. Infelizmente, o mostrador tem um detalhe no seu desenho que me faz sofrer de OCD não diagnosticado: a janela de data (circular!) às 4h30. Uma opção que apenas me suscita uma pergunta: PORQUÊ? Há datas nesta posição com as quais consigo viver (estou a lembrar-me do Bulova Moon Watch, por exemplo), mas esta certamente não é uma delas.

E é pena. O resto da execução parece-me muito bem, com um mostrador bonito e o tradicional bisel (infelizmente unidirecional) graduado em 24 horas para controlo de um terceiro fuso horário, vidro de safira no mostrador e vidro no fundo com decoração. 

A marca indica o final de Dezembro de 2022 como data de entrega das primeiras unidades, disponíveis em três variantes com diferentes cores de mostrador e bisel. Como já indiquei, o preço de quase mil euros (+portes) parece-me demasiado elevado para um microbrand praticamente acabado de nascer.

Gavox Longitude



A última proposta que vos trago hoje é o Gavox Longitude, um modelo da marca belga que provavelmente só chegará em 2023. De acordo com os teasers no Instagram, o modelo encontra-se ainda na fase de protótipo, mas vou admitir: este é o relógio de que mais gosto.

E é também bastante original. O bisel à la Rolex Explorer surge em torno de um mostrador particularmente bonito, com um azul-marinho texturado de excelente efeito. No entanto, e como disse, isto é para já um protótipo embora a Gavox já cá ande há algum tempo pelo que certamente será um projeto para levar até à sua comercialização. Aguardemos mais detalhes, mas sobretudo o preço...

04 outubro, 2022

À conversa com Igor Zubovskij (Vostok Europe)

 

Igor Zubovskij

O fundador e CEO da Vostok Europe, Igor Zubovskij, esteve em Portugal no passado dia 24 de setembro para acompanhar em Sesimbra a tentativa de bater um record mundial do maior número de mergulhadores presentes num só local num período de 12 horas. A Vostok Europe foi um dos patrocinadores do evento, tendo criado uma edição especial para o assinalar e, além disso, esteve também presente o seu embaixador João Rainho.

RelógiosB3 foi convidado para estar presente no evento e, durante um almoço que juntou também os responsáveis pelo distribuidor local, a SRI, tive oportunidade de colocar a Igor algumas questões. Foi uma conversa informal, mas ele autorizou-me a citá-lo, pelo que este texto é o resultado dessa troca de impressões.

Uma das coisas que aprecio na marca Lituana é o facto de criar desenhos originais para os seus divers, que não seguem, nem de longe, as ideias lançadas desde há décadas (e copiadas pelo resto da indústria) pela Rolex (Submariner), a Blancpain (Fifty Fathoms) e até a Seiko ou a Panerai. Um Vostok Europe é... um Vostok Europe!, e é algo cujo design pode ser identificado à distância – o que também não é difícil, com a tendência que a marca tem para criar peças de grandes dimensões! 

Igor trouxe a Portugal algumas novidades, entre elas, e pela primeira vez, a menção oficial "Made in Lituania" que acaba de uma vez por todas com qualquer dúvida face a uma eventual ligação da marca à (russa) Vostok. "Já na altura não usávamos muitos, mas deixámos completamente de utilizar movimentos de origem russa em 2014, precisamente na sequência da anexação da Crimeia. À época explicámos a razão desta nossa decisão e fomos bastante criticados por alguns dos nossos clientes, mas foi algo que senti que não poderíamos deixar de fazer".

Desde então, a Vostok Europe utiliza exclusivamente movimentos de origem japonesa (tendo já usado também movimentos suíços em algumas coleções entretanto descontinuadas), nomeadamente da SII (Seiko) e Miyota (Citizen), sendo os primeiros responsáveis por praticamente todos os modelos mecânicos.

Igor explica a razão da opção: "Os movimentos Miyota [da série 8000] não têm torque suficiente para o tipo de ponteiros que usamos, que tendem a ser grandes e relativamente pesados; isso faz com que o ponteiro dos segundos não se mova de forma suave". Quando lhe perguntei o que achava do novo movimento GMT automático acessível da Seiko (que na versão OEM tem a referência NH34) começou por me dizer que "não é assim tão barato: custa o dobro de um NH35!" – que a marca utiliza nos seus  relógios automáticos.

No entanto, confirmou que, em 2023, a marca terá um modelo GMT equipado com este movimento.

Aproveitei também para lhe perguntar a razão de outras opções que fazem parte do DNA da Vostok Europe. Uma delas é o porquê da razão de não usar vidro de safira, mesmo quando os seus relógios estão num patamar de preços em que praticamente todos as marcas optam pelo vidro mais premium. Para Igor, não é uma questão de ser ou não premium, mas de funcionalidade: "Há uma diferença fundamental na estrutura dos diferentes tipos de vidro a um nível molecular. O vidro de safira é de facto muito resistente aos riscos, mas não é assim tão resistente aos impactos – uma pancada seca pode simplesmente pulverizar o vidro, uma vez que é assim que o vidro de safira se comporta. Ou seja, não se risca, não racha, mas quando se parte, desfaz-se em mil pedaços."

"O vidro que usamos, que se chama K1, tem uma resistência aos riscos mais elevada do que o vidro mineral normal, mas é mais resistente à quebra do que a safira, pelo que o consideramos ideal para o tipo de relógios que produzimos, que se destinam a ser usados em situações extremas", explicou.

O CEO da Vostok defendeu também outras opções típicas dos relógios da marca: "nas nossas braceletes não usamos borracha natural; uma vez mais, não por questões de custo, mas sim porque o material que usamos – a borracha de silicone – é totalmente neutra, não é alérgica e possui uma maior resistência aos elementos".

Finalmente, e sobre as grandes dimensões dos seus relógios (que, nalguns modelos, chegam aos 49mm de diâmetro) Igor admitiu que assim é, mas também lembrou que a marca já tem coleções com dimensões mais modestas (43mm no caso dos Limousine e dos novos Expedition "compactos") bem como uma linha (Undiné) de relógios destinada a um público feminino com 39mm de diâmetro. De resto, confessou que o mercado dos EUA é um dos "responsáveis" por esta opção: "eles não gostam de relógios pequenos".