20 março, 2015

Christopher Ward C9 5 Day Automatic

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O mundo da relojoaria é, nalguns casos, comparável ao dos automóveis: existe uma infinidade de marcas e modelos, mas o mesmo não é verdade no que diz respeito aos motores, os quais são usados – por vezes apenas com algumas variações – em diferentes produtos.
O mesmo acontece com os relógios. Os “motores” aqui, são os movimentos e estes são efetivamente em muito menor número que os relógios onde são montados. Por isso, sempre que surge um movimento novo, o mundo da relojoaria toma nota.
É o caso do calibre SH21 da empresa inglesa Christopher Ward, que encontramos nos novos C9 5 Day Automatic, disponíveis em versões de 40mm e 43mm em diversas variantes consoante a cor do mostrador e da bracelete, incluindo versões totalmente em aço.
Há várias razões para apreciar este novo C9, mas a principal é de facto o novo movimento, desenvolvido in-house pelo jovem mestre relojoeiro alemão Johannes Jahnke. Extremamente preciso – os novos C9 que o incorporam são, na realidade, cronómetros com certificação COSC – este movimento tem uma reserva de marcha de nada menos do que 5 dias, conseguida através da utilização de tambores de corda duplos.
Na presente forma, é um movimento high beat (28.800 a/h) de 31 rubis com data às 3H00 mas, ao que tudo indica, foi criado de forma a poder evoluir futuramente através de módulos que ofereçam mais complicações, desde um segundo fuso horário até funções de cronógrafo.
O facto de tudo isto ser feito por uma pequena empresa como é a Christopher Ward é bastante impressionante e demonstra o quanto os seus responsáveis encararam a entrada no mundo da relojoaria com seriedade e propósito.
Mas de regresso ao C9 5 Day Automatic. Trata-se, como a imagem sugere, de um elegante dress watch cujo mostrador utiliza uma conjugação discreta de numerais romanos às 12H00 e 6H00 com índices nas restantes posições horárias.
A caixa, em aço inoxidável 316L, utiliza vidro de safira com revestimento antirreflexo tanto no mostrador como no fundo roscado, para exibição do movimento.
O resultado, belíssimo, está longe de ser barato (£1.375, mais portes) mas também não é excessivo tendo em conta a nobreza do movimento e o nível da execução e do acabamento.

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