03 janeiro, 2020
Christopher Ward C3 Grand Tourer
Infelizmente, como já por diversas vezes referi a propósito da CW, neste caso os preços têm vindo a aumentar à medida a que a marca tem ganho prestígio – um pecado que a Steinhart, até agora, tem evitado.
Não quero com isto dizer que todos os modelos britânicos tenham deixado de ter um preço interessante, mas que isso acontece em muitos deles é algo que uma visita ao site da marca pode confirmar cabalmente.
Felizmente, ainda há algumas peças interessantes – embora não necessariamente baratas. É o caso deste belíssimo cronógrafo de inspiração vintage, o C3 Grand Tourer, com um mostrador cujo desenho a marca garante ter sido inspirada nos instrumentos dos Aston Martin dos anos 60.
O relógio é, de facto, muito bonito, com uma caixa cujo diâmetro de 39mm começa a surgir com frequência e que de certa forma indica que há, pelo menos aparentemente, um retrocesso face aos exageros dos últimos anos em termos de tamanho do mostrador.
Este modelo é perfeito para entrarmos com o pé direito em 2020 porque, na realidade, ainda não está disponível – a marca indica a possibilidade de pré-encomenda em janeiro para a maioria das diferentes referências, criadas a partir da conjugação de três cores de mostrador (verde, azul e bege) com braceletes em aço (malha milanesa) e pele de cor preta ou castanha.
O movimento usado é de quartzo, o suíço Ronda 5021.D, e a execução é do habitual nível (elevado) da CW, com vidro de safira numa caixa que a marca apelida de "light catcher" e que incorpora uma tampa em aço com baixo relevo e poussoirs para o controlo das funções cronográficas em forma de pistão.
O desenho do mostrador é bastante equilibrado, com os dois sub-mostradores do cronógrafo colocados nas posições das 3 e 9 horas (em vez das posições de referência do movimento, mais habituais, às 12 e 6 horas) equilibrados com a janela de data às 6 horas. Os numerais, ponteiros e índices têm todos tratamento luminescente.
O mostrador tem ainda duas escalas adicionais: uma de minutos/segundos para uma melhor leitura de tempos intermédios através do cronógrafo; e uma escala taquimétrica, interna, no extremo da circunferência.
O preço para tudo isto é de 470€ (600€ para as versões com bracelete em aço), com portes grátis para todo o mundo. Como disse no início, não é barato, mas é o que acontece quando a nossa marca ganha valor e esse valor é valorizado pelo cliente...
22 novembro, 2017
Christopher Ward C5 Malvern Automatic Mk III
A Christopher Ward continua o seu caminho no sentido de se tornar numa marca de referência do mercado da relojoaria. Tal como a Steinhart e muitas outras “micro marcas”, só vende diretamente através do seu website. Contudo, nunca se contentou em produzir apenas relógios mais ou menos genéricos; pelo contrário, tenho acompanhado com a interesse a sua evolução e a verdade é que a única coisa negativa que tenho a apontar é… o preço crescente das suas criações. Sei que está relacionado com a sua cada vez maior aceitação no mercado, mas a Steinhart pode reivindicar o mesmo e tem sabido (ou querido…) manter-se acessível.
Mesmo assim penso que ainda podemos encontrar na sua cada vez maior gama, relógios que continuam a ser B3, mesmo que não sejam tão baratos com foram no passado. A terceira geração do dress watch C5 Malvern, com movimentos Sellita SW 200-1 é um excelente exemplo do que acabo de escrever.
Um dos pontos que gostaria de referir é a recusa (louvável) da CW em entrar em modas, como é a dos relógios XXL. Este C5 Malvern Automatic MkIII mantém as proporções ideais para um relógio deste género com uma caixa de 39mm (bem no meio da dimensão que considero ideal e que oscila entre os 38 e os 40mm). E, para os que me apontem que o azul do mostrador se pode considerar de alguma forma uma “cor da moda” (embora seja mais correto afirmar que se trata de uma cor cíclica, que ora fica mais ou menos na moda…), este modelo está igualmente disponível com mostrador em preto e em branco/prata.
A execução é, como é apanágio da CW, extremamente cuidada e inclui um acabamento especial do rotor, com o padrão do logo da marca sobre o Colimaçoné original. A caixa tem duplo acabamento polido/escovado e o mostrador possui índices aplicados. Vidro de safira no mostrador e fundo da caixa em vidro para observação do movimento completam o conjunto.
De forma a descansar os compradores através da Internet, a Christopher Ward oferece o que chama de “garantia 60|60”, isto é: 60 dias para poder devolver o relógio e garantia de 60 meses (5 anos) sobre o movimento.
Edit 1/12/2020: Este modelo já não existe.
11 maio, 2016
Christopher Ward C65 Trident Classic Mk II
A nova série MkII do C65 Trident Classic é um belíssimo dress watch de elegantes proporções, com caixa em aço de 43mm de diâmetro e mostrador com vidro de safira. São usados movimentos suíços ETA 2824-2 ou Sellita SW 200-1.
A CW criou seis variantes com base em dois mostradores (preto e branco), duas braceletes em pele (preta e castanha) e uma em aço. Todos têm o mesmo desenho com índices aplicados nas posições horárias; ponteiros e índices são luminescentes no escuro através da aplicação de Superluminova.
Este é o tipo de relógio elegante e de desenho intemporal que tornam os dress watches em peças ideais para usar à noite e/ou em ocasiões formais.
Contudo, e muito embora continue a apreciar e recomendar os CW, estes relógios começam a tornar-se demasiado caros para uma marca que, por muito que se tente, não possui a tradição da relojoaria suíça. Isto, apesar destes relógios, ao contrário do que acontecia inicialmente, serem agora "Swiss Made".
O preço das variantes com bracelete em pele é de £499; com bracelete em aço, o valor sobre para £560
07 março, 2016
Christopher Ward C7 Rapide Chronograph MK II - v390
Felizmente, ainda restam algumas gamas e muitos modelos que se enquadram no espirito original da Christopher Word, de oferecer luxo a preços acessíveis, como é o caso deste novo e belíssimo cronógrafo "Swiss Made" da gama C7 Rapide, com a referência C7SWK-390-MK2 .
Com um preço muito competitivo de £299, este cronógrafo de quartzo usa um movimento Ronda 3540.D com data às 3H00. A caixa, em aço, tem um diâmetro de 42mm e o mostrador branco – protegido por vidro de safira – oferece uma escala principal com numerais aplicados de minutos/segundos nas posições horárias; um bisel com escala taquimétrica completa o conjunto, muito equilibrado.
Outros pormenores que me agradam incluem a coroa (de rosca) e poussoirs com padrão cruzado antiderrapante bem como a bracelete em pele contrastante com a cor do relógio, a qual contribui para o preço inferior a 300 libras – variantes com bracelete em aço custam £350.
06 novembro, 2015
Christopher Ward C3 Malvern Chronograph MkII
Os leitores deste blog sabem o quanto eu gosto da Christopher Ward, provavelmente uma das marca mais referenciadas por aqui. Infelizmente, a (merecida) fama que ganhou teve como efeito um ligeiro subir dos preços, ajudado ainda mais pelo câmbio da Libra face ao Euro, que torna os modelos da marca inglesa um pouco menos competitivos do que seria desejável.
No entanto, ainda encontramos pelo website da marca – única forma de adquirir um CW – muitos modelos Bons, Bonitos e Baratos. É certamente o caso deste cronógrafo da gama C3 Malvern. Existe, à data em que escreve estas linhas, um total de 17 (!) variantes nesta gama das quais este, com a referência C3SWT-MK2, é uma das que mais me agrada.
Estes cronógrafos com caixa em aço de 39mm (o que se pode considerar já quase como “pequeno”…) ficam igualmente à vontade como dress watches tal é a sua elegância e desenho clássico intemporal.
O movimento usado é, como em todos os modelos da marca, suíço. Neste caso trata-se de um Ronda 5040.D de quartzo, com data às 4h00.
A execução é muito cuidada, como é habitual na CW, incluindo mostrador protegido com vidro de safira, fundo roscado e coroa de rosca (muito embora a resistência à água indicada não ultrapasse 5 ATM/50 metros). Gosto sobretudo dos poussoirs retangulares… Infelizmente, a bracelete em pele castanha tem uma fivela convencional e não os belos fechos tipo borboleta presentes noutros modelos da marca.
O preço são umas razoáveis 250 libras + portes de envio.
Edit 29/11/2020: A marca deixou de produzir relógios com movimento de quartzo... e deixou também de ser B3
22 junho, 2015
Christopher Ward C8 Pilot Mk II - U-2 Vintage Edition
O aspeto mais característico deste modelo consiste, claro, no facto de ser totalmente preto – desde a caixa de 44 mm com revestimento PVD até ao mostrador, passando pela bracelete em pele na mesma cor. O mostrador é de extrema legibilidade, com grandes numerais árabes em todas as posições horárias à exceção das 12 horas, onde encontramos o característico triângulo a apontar para cima, como dois pontos de cada lado – tudo isto com legibilidade noturna através da aplicação de material luminescente.
O movimento, automático, é um Sellita SW200-1 com data às 3 horas, um fiável e preciso calibre de 28.800 alternâncias/hora (4 Hz) e 26 rubis, cópia conforme do clássico ETA 2824-2. O elevado nível da execução inclui vidro de safira com tratamento antirreflexo e tampa traseira roscada com uma janela circular que deixa ver a roda do balanço.
O resultado é um relógio de belíssimas proporções e com um preço que não se pode considerar elevado, de £499, a partir do website da marca (valor acrescido de portes de envio).
08 abril, 2015
Christopher Ward C7 Rapide Chronometer
Quando é que um cronógrafo é também um cronómetro? Quando é um cronógrafo com certificação cronográfica, claro!*, como acontece neste Christopher Ward C7 Rapide Chronometer.
Baseado num movimento suíço de quartzo com 27 rubis ETA 251.264 COSC termo-compensado. A compensação térmica é crucial para aumentar a precisão dos movimentos de quartzo, uma vez que as variações térmicas são o maior responsável pelas alterações na frequência de vibração dos cristais de quartzo. Essa é a razão pela qual os relógios (de quartzo) dos automóveis são tão pouco precisos, por exemplo...
Além da certificação COSC que garante a este relógio a precisão de um cronómetro, a Christopher Ward não deixou créditos por mãos alheias no resto da execução, que é de alto nível, incluindo mostrador com vidro de safira, coroa de rosca e resistência à água de 10 atmosferas (100 metros).
Apostando claramente na faceta desportiva que normalmente atribuímos a um cronógrafo, a marca dotou o mostrador de uma escala de minutos com grandes numerais árabes, a que foi adicionado um bisel com escala taquimétrica.
O relógio é ainda não está disponível – está em fase de pré-encomenda para entrega em Abril. Existem três variantes: C7-42-COSC-390-SKRK (na foto), com bracelete em pele; C7-42-COSC-390-SKSi, com bracelete em borracha (ambas ao mesmo preço, de £599); e C7-42-COSC-390-SKS, com bracelete em aço e um preço um pouco mais elevado, de £650.
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* Confusos? Então nada como recordar a matéria dada, aqui
20 março, 2015
Christopher Ward C9 5 Day Automatic
O mundo da relojoaria é, nalguns casos, comparável ao dos automóveis: existe uma infinidade de marcas e modelos, mas o mesmo não é verdade no que diz respeito aos motores, os quais são usados – por vezes apenas com algumas variações – em diferentes produtos.
O mesmo acontece com os relógios. Os “motores” aqui, são os movimentos e estes são efetivamente em muito menor número que os relógios onde são montados. Por isso, sempre que surge um movimento novo, o mundo da relojoaria toma nota.
É o caso do calibre SH21 da empresa inglesa Christopher Ward, que encontramos nos novos C9 5 Day Automatic, disponíveis em versões de 40mm e 43mm em diversas variantes consoante a cor do mostrador e da bracelete, incluindo versões totalmente em aço.
Há várias razões para apreciar este novo C9, mas a principal é de facto o novo movimento, desenvolvido in-house pelo jovem mestre relojoeiro alemão Johannes Jahnke. Extremamente preciso – os novos C9 que o incorporam são, na realidade, cronómetros com certificação COSC – este movimento tem uma reserva de marcha de nada menos do que 5 dias, conseguida através da utilização de tambores de corda duplos.
Na presente forma, é um movimento high beat (28.800 a/h) de 31 rubis com data às 3H00 mas, ao que tudo indica, foi criado de forma a poder evoluir futuramente através de módulos que ofereçam mais complicações, desde um segundo fuso horário até funções de cronógrafo.
O facto de tudo isto ser feito por uma pequena empresa como é a Christopher Ward é bastante impressionante e demonstra o quanto os seus responsáveis encararam a entrada no mundo da relojoaria com seriedade e propósito.
Mas de regresso ao C9 5 Day Automatic. Trata-se, como a imagem sugere, de um elegante dress watch cujo mostrador utiliza uma conjugação discreta de numerais romanos às 12H00 e 6H00 com índices nas restantes posições horárias.
A caixa, em aço inoxidável 316L, utiliza vidro de safira com revestimento antirreflexo tanto no mostrador como no fundo roscado, para exibição do movimento.
O resultado, belíssimo, está longe de ser barato (£1.375, mais portes) mas também não é excessivo tendo em conta a nobreza do movimento e o nível da execução e do acabamento.
17 fevereiro, 2015
Christopher Ward C65 Trident Classic
Os leitores deste blog já conhecem a minha predileção pelos relógios da Christopher Ward, uma jovem empresa britânica que conseguiu rapidamente conquistar um merecido lugar ao sol no competitivo mundo da relojoaria. Este C65 Trident Classic é um excelente exemplo da filosofia da marca: estética elegante e intemporal, materiais nobres – incluindo mostrador com vidro de safira de 4mm – e movimento suíço, neste caso um Sellita SW-200-1, um dos mais usados clones helvéticos do reputado ETA 2824-2.
No contexto da gama Christopher Ward, este é um dress watch que vai buscar elementos à coleção de mergulho Trident bem como à mais clássica Malvern. O resultado é interessante, até nas características técnicas, pois a marca garante uma estanquidade de 150 metros, um valor que está alguns furos abaixo do que esperamos de um relógio de mergulho mas bastante acima do que encontramos habitualmente num relógio mais elegante e formal.
A caixa em aço inoxidável tem um diâmetro de 42mm e o mostrador exibe um padrão ondulado – o mesmo usado nos relógios da coleção Trident – bem como índices em níquel aplicados e revestidos com Superluminova. Outros motivos marinhos podem ser encontrados na base do ponteiro do segundos e, claro, nos ponteiros sobredimensionados, típicos dos relógios de mergulho.
A marca dotou este modelo do fecho “Bader” que utiliza também nos seus modelos mais caros com bracelete em pele.
O relógio tem um PVP de £499 a partir do website da marca. É um valor que fica perto do que a Tissot pede por relógios semelhantes, o que se justifica perante o nível de execução e demonstra bem o estatuto que a marca britânica conseguiu num tão curto espaço de tempo.
25 novembro, 2014
Christopher Ward C30 Malvern Chronometer
Quando é que um cronógrafo é também um cronómetro? Quando é certificado como tal, claro! Confuso(a)? Então leia primeiro este artigo (e já agora este também) e depois volte aqui. Já está?
O movimento é o ETA 251.233, um calibre de quartzo de alta precisão da linha Thermoline do fabricante suíço. A designação prende-se com a tecnologia de termo-compensação usada no movimento para assegurar uma precisão que é de cerca de 20 vezes maior do que um movimento de quartzo normal – a ETA indica algo como um desvio de apenas 10 segundos por ano – e que foi criada para facilmente poder obter uma certificação de cronómetro, como as outorgadas pelo COSC, como acontece nestes modelos em particular.
Além da sua grande precisão, este é também um movimento muito “empedrado”, utilizando um total de 27 rubis – algo que é frequente num movimento mecânico mas muito raro entre os movimentos de quartzo, sendo que os mais baratos não usam sequer quaisquer rubis.
Há pouco que não me agrade neste relógio, embora possa apontar que os 39mm de diâmetro da caixa de aço me soam a pouco para o que se tornou hoje norma no mundo dos relógios. Mais um milímetro ou dois provavelmente não seria uma má ideia… De resto, a execução parece-me correta, pois não falta o vidro de safira no mostrador, a conjugação de acabamento escovado/polido na caixa ou a bracelete em pele com o fecho Bader especial.
A Chistopher Ward só irá produzir um total de 1.500 unidades destes relógios (500 para cada variação), algo que acrescenta valor ao relógio, para além da já referida certificação cronográfica da COSC. O preço indicativo é de umas muito razoáveis 599 libras (£650 para a versão com bracelete em aço) a partir do site da marca
02 setembro, 2014
Christopher Ward C11 Titanium Extreme 1000
Isto porque os testes referem-se à resistência a pressões atmosféricas e equivalem ao comportamento do relógio a uma determinada profundidade. Assim, 3 atmosferas equivale a 30 metros de profundidade; 5 ATM a 50 metros; 10 ATM a 100 metros; e por aí adiante.
Teoricamente, uma resistência de 3 atmosferas (30 metros) devia significar que um relógio podia ser usado sem problema numa piscina. Contudo, na prática, não é assim. Porquê? Porque o simples movimento do braço num meio líquido aumenta a pressão sobre o relógio; um mergulho numa piscina com apenas 2,5 metros de profundidade pode implicar um impacto superior a dezenas de atmosferas. Já anteriormente falei sobre isto, pelo que basta seguir o link para saber mais sobre o assunto.
Mas vem tudo isto a propósito de que, quando procuramos um relógio que possa de facto ser usado sem problemas na piscina ou no mar, o mínimo para que devemos apontar é uma resistência de 20 atmosferas (200 metros). E, na verdade, 200m e 300m são as resistências à água mais comuns que encontramos em relógios de mergulho abaixo dos 1.000 euros.
Existem no entanto relógios que foram concebidos para profundidades maiores. O valor dos 500 metros é algo que garantirá que o relógio poderá ser usado em praticamente qualquer circunstância.
Temos depois casos extremos de engenharia que garantem o funcionamento de um relógio para além do que é, digamos assim, normal. É o caso do Rolex Deepsea, certificado para resistir até… 3.900 metros! Claro que aqui estamos a falar em relógios com um preço superior aos 10.000 euros.
No entanto, também nas marcas mais acessíveis é possível encontrar peças de elevada resistência à água. É o caso do Christopher Ward C11 Titanium Extreme 1000, uma versão melhorada do C11 de mergulho normal (resistente até 500 metros) de que também já aqui se falou.
Como o nome sugere, este novo modelo, com caixa reforçada em titânio, foi concebido para resistir a pressões até 100 atmosferas (1000 metros), o que na prática significa que poderá ser usado em praticamente qualquer situação exceto talvez explorar a Fossa das Marianas.
Tal como o modelo que lhe serve de base, também este possui um desenho muito bonito, graças à utilização de um bisel interior – em vez de exterior – para controlo do tempo de mergulho, o que aligeira o design da caixa. O movimento é uma versão com certificação COSC do Sellita SW 200-1.
Para aguentar as elevadas pressões, a Christopher Ward trabalhou diversos aspetos o relógio, trocando o aço pelo titânio na caixa, de forma a compensar o peso mais elevado pela utilização de um vidro de safira com 4,3mm de espessura. As coroas de rosca foram igualmente objeto de uma nova abordagem, de forma a melhor a sua estanquidade – uma terceira coroa, às 8H00, destina-se a controlar a válvula de hélio, inexistente no C11 original.
O preço de referência é de £1.150. A Christopher Ward irá produzir uma série limitada de 1.000 unidades deste relógio.
04 julho, 2014
Christopher Ward C8 Regulator
A Christopher Ward continua a sua estratégia de criar peças originais e (relativamente) acessíveis, se bem que este último aspeto nem sempre resulte em relógios de acordo com o meu critério “B3”, nomeadamente ao ultrapassarem a barreira psicológica dos mil euros.
É o caso deste C8 Regulator, com execução em caixa de aço normal (à direita) e com revestimento em PVD. No primeiro caso, a empresa pede £995 e no segundo, o valor sobe para £1.025 – tudo preços a partir do website da marca britânica.
Contudo, o que recebemos em troca deste valor substancial é um relógio que me parece valer bem o que custa. A sua principal originalidade, e a característica que lhe dá o nome, é o facto de possuir ponteiros e escalas para medição do tempo totalmente separadas: o ponteiro maior indica os minutos em torno do mostrador principal; as horas surgem num mostrador às 12H00 e os segundos noutro mostrador, às 6H00.
Esta abordagem, que a Christopher Ward diz ter sido usada pelos pilotos da Segunda Guerra Mundial para uma maior precisão durante os raides aéreos, é aqui implementada através de um movimento mecânico manual (isto é, não automático) ETA Unitas 6498 modificado.
Uma das vantagens da utilização deste mecanismo é que se trata de um calibre com um diâmetro bastante grande (36,6mm), o que permitiu criar um relógio de proporções quase perfeitas, numa caixa de dimensões generosas mas no limite do razoável (44mm) . O resultado é um conjunto com elevada legibilidade, reminiscente dos mostradores analógicos dos aviões, que é um dos aspetos que mais me agrada no relógio.
A execução geral parece ser de elevado nível, com acabamento da caixa acetinado, mostrador com vidro de safira e tratamento antirreflexo, fundo em vidro para exibição do movimento e, claro, ponteiros e índices com tratamento luminescente.
A bracelete, em pele “vintage”, possui uma fivela especial, patenteada, que reforça a ideia de exclusividade do conjunto.
08 maio, 2014
Christopher Ward C5 Malvern Slimline
O Christopher Ward C5 Malvern Slimline é um três ponteiros clássico baseado num movimento mecânico (não automático) ETA 2801-2.
A designação slimline advém da adoção de uma caixa relativamente fina, com 8,7 mm de espessura, que é a verdadeira razão de termos aqui um relógio mecânico mas de corda manual: os movimentos automáticos requerem mais espaço, devido ao rotor.
Gosto bastante deste relógio que, de alguma forma, me lembra o meu bom e velho Tissot Stylist do final dos anos 60 (bastante mais fino!), incluindo o desenho do mostrador, com índices em vez de numerais.
A execução geral é muito bonita. A caixa em aço tem 40 mm de diâmetro, com fundo roscado e vidro de safira antirreflexo. O modelo está disponível em seis variações, conjugando diferentes cores de mostrador e bracelete e encontra-se em pré-reserva para entrega em Junho de 2014.
O preço é de £399, diretamente a partir do website da marca britânica.
12 fevereiro, 2014
Christopher Ward C9 Harrison Big Day-Date Automatic
O C9 Harrison Big Day-Date Automatic, assim se chama este novo modelo, segue de perto as tendências mais recentes do mercado, nomeadamente ao adotar um formato um pouco maior do (que era) habitual para relógios deste tipo – 43mm. O que a marca fez, para equilibrar o desenho sem com isso perder a harmonia das proporções, foi criar janelas de maiores dimensões para o dia e a data – daí a designação “Big Day-Date”.
A resultado, quanto a mim, é muito bom – este é um relógio que imaginaria perfeitamente no meu pulso – e com uma execução excelente, a qual inclui mostrador com vidro de safira, fundo transparente e bracelete em pele.
O relógio encontra-se em fase de pré-encomenda para entrega em Março de 2014. Contudo, a Christopher Ward começa a “esticar-se” um pouco nos preços à medida que cria relógios mais personalizados, com este modelo em particular a custar umas substanciais £650 – não digo que não valha o preço, mas será talvez demasiado para uma marca que vende diretamente através do seu website e cujos pergaminhos na relojoaria remontam a menos de uma década atrás.
02 novembro, 2013
Christopher Ward C900 Harrison Single Pusher Chronograph
A Steinhart e a Christopher Ward, duas das minhas marcas favoritas, têm muito em comum, apesar da origem germânica da primeira e britânica da segunda – ambas decidiram basear as suas vendas apenas na Internet, para baixar os custos, e ambas se esforçam por oferecer relógios de design original mas clássico, que não copiando propriamente ninguém e conseguindo assim criar uma forte identidade.
Este C900 Harrison Single Pusher Chronograph, da Christopher Ward é um exemplo da direção que a marca tem vindo a tomar, não só em termos de criação da sua própria individualidade, como também no avançar para a proposta de relógios mais caros, algo que só se torna possível depois de algum tempo a provar a seu valor no mercado.
26 outubro, 2013
1K+: Bons, Bonitos mas… mais Caros
E como criar um site para relógios “BBC” (Bons, Bonitos e Caros) estava fora dos meus horizontes, resolvi abrir uma nova secção, genericamente designada 1K+ que, como o nome sugere, irá albergar todos os relógios que custem mais de mil euros – o valor que considero como limite para “relógios B3”.
A decisão foi precipitada por umas voltas pela Web, onde descobri que dois relógios que me agradavam – o modelo Citizen da imagem, bem como um novo Christopher Ward estavam claramente fora do leque de preços normal neste site.
13 setembro, 2013
Christopher Ward Amelia
Quem segue este site já percebeu que são poucos os relógios de que aqui se falam que se destinem a um público feminino. Acontece, mas é raro.
Na verdade, o mesmo sucede um pouco por todo o lado – quer nas revistas da especialidade, quer nos websites e blogs de entusiastas, os relógios referenciados são sobretudo para homens.
Dizem-me os meus amigos do sector que o que as mulheres procuram num relógio está muito longe daquilo que os homens consideram ser interessante. A começar pelos movimentos: enquanto os homens gostam de calibres mecânicos, as mulheres preferem os de quartzo. E por uma razão prática: como tendem, mais do que os homens, a trocar de relógio com frequência, pretendem uma peça que, ao ser colocada no pulso, não esteja parada e careça de acerto. O que faz sentido.
Mas por outro lado os gostos femininos também evoluíram e, enquanto há uns anos os relógios para mulheres tendiam a ser de pequenas dimensões, hoje também elas procuram peças de grandes dimensões que sejam tudo menos discretos. Por isso, muitos fabricantes acabam por criar relógios para senhoras que não são mais do que modelos para homem com um mostrador e/ou bracelete diferente mas, em tudo o resto, iguais aos seus congéneres masculinos.
Este Amelia (que evoca o nome da pioneira da aviação Amelia Earhart), da marca britânica Christopher Ward, é uma (re)interpretação estética para mulheres do Malvern C11. As principais diferenças residem numa caixa um pouco mais pequena (39mm contra 42mm) e num mostrador mais simples, sem janela de data.
Além disso, e como seria de esperar, também há diferenças lá dentro: enquanto o C11 possui um movimento automático Sellita SW200-1 (um clone do ETA 2824-2), o Amelia utiliza um movimento de quartzo suíço Ronda 703 de 3 ponteiros que, além de fiável, tem a particularidade de oferecer uma grande autonomia – 5 anos com uma bateria.
O resto da execução inclui bracelete em preto ou em branco produzida em pele italiana, mostrador protegido através de vidro de safira com revestimento anti-reflexo e número de série gravado na tampa posterior.
O preço é de £299 + portes a partir do website da marca, que oferece uma garantia de 5 anos sobre o movimento e a possibilidade de devolução do relógio dentro de um prazo de 60 dias.
Edit 29/11/2020: A marca deixou de ser B3 e de ter relógios de quartzo.
08 maio, 2013
Christopher Ward C11 MSL MK1 Chronograph
O Christopher Ward C11 MSL MK1, aqui na sua versão Chronograph (existe uma versão de três ponteiros com movimento automático igualmente interessante) tem a vantagem de reunir os elementos aeronáuticos que me agradam, nomeadamente o mostrador de grande legibilidade e os ponteiros sobredimensionados, sem com isso querer ser uma cópia de modelos mais caros.
Neste caso, o relógio possui movimento de quartzo suíço Ronda que oferece as usuais funcionalidades de cronógrafo com data às 4H00. A caixa em aço é grande (42mm) sem ser demasiado grande e a execução inclui vidro de safira com tratamento anti-reflexo, fundo roscado e resistência à água até 100 metros. Existem quatro variantes do modelo: este, com caixa em aço escovado e bracelete em pele preta; a mesma caixa com bracelete castanha; e mais dois com caixa negra (revestimento PVD) e as mesmas braceletes.
Este modelo custa £350 a partir do site do fabricante. Os modelos em PVD custam mais £49
11 março, 2013
Christopher Ward C20 Lido – Steel Bracelet
Este C20 Lido com bracelete em aço é exemplo do estilo understated da marca britânica que é tanto do meu agrado.
27 fevereiro, 2013
Christopher Ward C700 Grand Rapide
Este cronógrafo da marca inglesa Christopher Ward é o mais caro relógio até agora mencionado aqui. Trata-se de um cronógrafo baseado no movimento Valjoux 7750 designado C700 Grand Rapide e que tem alguns detalhes que me agradam. Talvez o principal seja o tamanho geral do relógio, mais pequeno do que é habitual em modelos com este movimento: não só o mostrador tem uns muito razoáveis 42mm de diâmetro como a espessura da caixa é de apenas 13,9mm, um valor muito baixo considerando que na maioria dos casos os relógios que tenho visto baseados neste movimento rondam os 15mm (um dos mais pequenos, o Tissot Couturier, tem mesmo assim 14,19mm de espessura numa caixa de 43mm de diâmetro).
Outros pontos a favor incluem o mostrador em fibra de carbono (é uma questão de gosto, claro, mas eu gosto…), a resistência à água até 100 metros, o mostrador de vidro de safira com revestimento anti-reflexo… Como todos os relógios da marca, o C700 é vendido diretamente a partir do site da Christopher Ward. O seu preço é de quase, quase €1.000: £850 + £12 de custos de envio para Portugal. O modelo está disponível também com bracelete em borracha e com bracelete em aço mas nesse último caso tem um preço um pouco mais elevado, de £899.