A Christopher Ward continua a sua estratégia de criar peças originais e (relativamente) acessíveis, se bem que este último aspeto nem sempre resulte em relógios de acordo com o meu critério “B3”, nomeadamente ao ultrapassarem a barreira psicológica dos mil euros.
É o caso deste C8 Regulator, com execução em caixa de aço normal (à direita) e com revestimento em PVD. No primeiro caso, a empresa pede £995 e no segundo, o valor sobe para £1.025 – tudo preços a partir do website da marca britânica.
Contudo, o que recebemos em troca deste valor substancial é um relógio que me parece valer bem o que custa. A sua principal originalidade, e a característica que lhe dá o nome, é o facto de possuir ponteiros e escalas para medição do tempo totalmente separadas: o ponteiro maior indica os minutos em torno do mostrador principal; as horas surgem num mostrador às 12H00 e os segundos noutro mostrador, às 6H00.
Esta abordagem, que a Christopher Ward diz ter sido usada pelos pilotos da Segunda Guerra Mundial para uma maior precisão durante os raides aéreos, é aqui implementada através de um movimento mecânico manual (isto é, não automático) ETA Unitas 6498 modificado.
Uma das vantagens da utilização deste mecanismo é que se trata de um calibre com um diâmetro bastante grande (36,6mm), o que permitiu criar um relógio de proporções quase perfeitas, numa caixa de dimensões generosas mas no limite do razoável (44mm) . O resultado é um conjunto com elevada legibilidade, reminiscente dos mostradores analógicos dos aviões, que é um dos aspetos que mais me agrada no relógio.
A execução geral parece ser de elevado nível, com acabamento da caixa acetinado, mostrador com vidro de safira e tratamento antirreflexo, fundo em vidro para exibição do movimento e, claro, ponteiros e índices com tratamento luminescente.
A bracelete, em pele “vintage”, possui uma fivela especial, patenteada, que reforça a ideia de exclusividade do conjunto.
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