«Do latim, digitalis, referente a dedos. Que diz respeito aos algarismos de 0 a 9. Em relojoaria, a leitura do tempo pode fazer-se de forma analógica ou digital. Na primeira, os ponteiros ou outros dispositivos relacionam o tempo decorrido com um espaço delimitado e essa relação espaço-tempo é intuitiva – sabe-se a quantidade de tempo que passou, o tempo que é, o tempo que falta. Na segunda, as indicações de tempo ou outras fazem-se através de dígitos (números) ou outros sinais, que aparecem em janelas, sendo menos natural a relação espaço-tempo e mais difícil relacionar o tempo que passou ou o tempo que falta, mas tem-se leitura direta e concisa do tempo que é. Há quem defina a leitura digital como sendo “aos saltos”, em contraponto com a analógica, que seria contínua. Assim sendo, alguns puristas defendem que mesmo os relógios de mostrador analógico têm leitura digital, pois os ponteiros não avançam em contínuo mas em pequenos e quase sempre impercetíveis saltos (essa observação pode, porém, fazer-se claramente no ponteiro dos segundos).» – in Dicionário de Relojoaria, de Fernando Correia de Oliveira. Reproduzido com autorização do autor.
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