30 dezembro, 2020

O que mais gostamos (ou não) num relógio


 


Se está a ler este post e é visitante assíduo do blog, já sabe que o que gostamos por aqui é mesmo de relógios bons, bonitos e baratos! Mas, preços à parte, cada um de nós tens os seus "deal breakers", as suas irritações, as coisas que não suportamos num relógio. Ou, pelo menos, em princípio... que não só cada caso é um caso, como os nossos gostos evoluem e há exceções para todas as regras. 

Além disso, dos três "B", só o primeiro não é subjetivo: o que é bonito para si pode não ser para mim; e o que é barato para mim pode ser caro para outras pessoas. E vice-versa, claro. Coisas que eu detesto poderão ser as mesmas que você adora. E determinados tipos de relógio podem fazer imenso sentido para mim mas para poucas mais pessoas. Como costumamos dizer em Portugal, "era terrível se todos gostássemos de amarelo". Ou de cor-de-laranja, como o Drake! :-)

A regra dos entusiastas da relojoaria (ou, pelo menos, dos que não são snobes dos relógios) é "compra aquilo de que gostas e que te faz sentir bem". Se o relógio em questão cumpre esse objetivo, então é isso, e isso apenas, que importa. O resto é snobeira. Ou deixar-nos levar pelo gosto dos outros.

Dito isto... Cada um de nós tem o seu gosto próprio, mesmo que esse gosto evolua à medida que evolui também a nossa coleção de relógios, o nosso orçamento, o nosso conhecimento... Neste artigo deixo-vos alguns dos meus "deal breakers", características e/ou funcionalidades dos relógios que fazem com que não olhe pare eles duas vezes. Mas também mostro como essas regras podem ter exceções.


Eis aquilo de que não gosto, sem qualquer ordem de importância:

Numerais romanos. ODEIO numerais romanos. No entanto, sou capaz de abrir algumas exceções, sobretudo nos mostradores onde os numerais romanos surgem apenas às 12h00, como neste caso.

Caixas douradas. ODEIO caixas douradas. E, no entanto, tenho um Tissot Stylist com caixa e mostrador (!) dourados de que gosto imenso... :-)

Mostradores demasiado "busy". Como se nota pela maioria dos relógios aqui mostrados, gosto sobretudo de relógios com mostradores simples e legíveis. Isto é o contrário disso.

Relógios demasiado pequenos... ou demasiado grandes. Da minha experiência, o sweet spot para o meu braço está entre os 38mm e os 42mm de diâmetro. Menos do 38mm será um relógio, para mim, "pequeno" e mais de 42mm não funciona muito bem no meu pulso (embora já tenha experimentado relógios de 43mm de que gostei).

Contrafações. Não confundir com relógios homage.

Relógios de quartzo digitais. E, contudo, acabo de comprar um Casio A-1000D...

Relógios sem data. A menos que seja um dress watch para usar apenas à noite ou numa ocasião social, prefiro relógios com complicação de data e, até de dia/data.

Relógios de marcas "fashion". Reconheço que é um pouco snobeira. Mas o problema é que um relógio de uma marca de moda raramente é um bom negócio, porque o que estamos a pagar é a estética (por vezes duvidosa...) e a marca e não necessariamente "a máquina". Há relógios de marcas de moda, algumas até bastante conhecidas e que chegam ao ponto de vender "cronógrafos" que de cronógrafo têm apenas a estética: os botões adicionais e os sub-mostradores não possuem qualquer funcionalidade!

Relógios de plástico. Penso que poderia abrir exceção para os Swatch, muito embora não tenha nenhum (mas já ofereci imensos!). 

Caixas quadradas ou retangulares. A menos que seja este (que não é B3, infelizmente).

Outros. Coisas como relógios de estética "diver" mas que depois não oferecem mais do que 50 metros de resistência à água; mostrador com demasiadas linhas de texto e/ou indicações supérfluas; determinadas fontes usadas nos numerais; determinadas conjugações de cor entre caixa, mostrador e bracelete...

E, já agora, deixo-vos um desafio: nos comentários, digam-me o que mais gostam e/ou não gostam num relógio. Bom Ano Novo para tod@s! O próximo post será colocado na primeira quarta-feira de janeiro de 2021.

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