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22 junho, 2015

Christopher Ward C8 Pilot Mk II - U-2 Vintage Edition


Gosto muito de relógios de desenho simples, limpo e legível, pelo que este Christopher Ward só podia ter chamado a minha atenção. Segundo a marca inglesa, o C8 Pilot Mk II - U-2 Vintage Edition é inspirado no icónico IWC B-Uhren de 1940 – muito embora eu, pessoalmente, prefira até esta reinterpretação moderna.

O aspeto mais característico deste modelo consiste, claro, no facto de ser totalmente preto – desde a caixa de 44 mm com revestimento  PVD até ao mostrador, passando pela bracelete em pele na mesma cor. O mostrador é de extrema legibilidade, com grandes numerais árabes em todas as posições horárias à exceção das 12 horas, onde encontramos o característico triângulo a apontar para cima, como dois pontos de cada lado – tudo isto com legibilidade noturna através da aplicação de material luminescente.

O movimento, automático, é um Sellita SW200-1 com data às 3 horas, um fiável e preciso calibre de 28.800 alternâncias/hora (4 Hz) e 26 rubis, cópia conforme do clássico ETA 2824-2. O elevado nível da execução inclui vidro de safira com tratamento antirreflexo e tampa traseira roscada com uma janela circular que deixa ver a roda do balanço.

O resultado é um relógio de belíssimas proporções e com um preço que não se pode considerar elevado, de £499, a partir do website da marca (valor acrescido de portes de envio).

Edit 30/11/2020: Infelizmente, este modelo, tal como todos os outros com movimentos de quartzo, deixou de ser produzido pela marca.

17 fevereiro, 2015

Christopher Ward C65 Trident Classic

CW c65 Trident

Os leitores deste blog já conhecem a minha predileção pelos relógios da Christopher Ward, uma jovem empresa britânica que conseguiu rapidamente conquistar um merecido lugar ao sol no competitivo mundo da relojoaria. Este C65 Trident Classic é um excelente exemplo da filosofia da marca: estética elegante e intemporal, materiais nobres – incluindo mostrador com vidro de safira de 4mm – e movimento suíço, neste caso um Sellita SW-200-1, um dos mais usados clones helvéticos do reputado ETA 2824-2.

No contexto da gama Christopher Ward, este é um dress watch que vai buscar elementos à coleção de mergulho Trident bem como à mais clássica Malvern. O resultado é interessante, até nas características técnicas, pois a marca garante uma estanquidade de 150 metros, um valor que está alguns furos abaixo do que esperamos de um relógio de mergulho mas bastante acima do que encontramos habitualmente num relógio mais elegante e formal.

A caixa em aço inoxidável tem um diâmetro de 42mm e o mostrador exibe um padrão ondulado – o mesmo usado nos relógios da coleção Trident – bem como índices em níquel aplicados e revestidos com Superluminova. Outros motivos marinhos podem ser encontrados na base do ponteiro do segundos e, claro, nos ponteiros sobredimensionados, típicos dos relógios de mergulho.

A marca dotou este modelo do fecho “Bader” que utiliza também nos seus modelos mais caros com bracelete em pele.

O relógio tem um PVP de £499 a partir do website da marca. É um valor que fica perto do que a Tissot pede por relógios semelhantes, o que se justifica perante o nível de execução e demonstra bem o estatuto que a marca britânica conseguiu num tão curto espaço de tempo.

26 dezembro, 2014

Rotor Sportschwimmer 3R37


Não é a primeira vez que falo aqui da Rotor e não deverá certamente ser a última porque esta é mais uma marca alemã que personifica o que considero ser um relógio "B3". Este modelo em particular, designado Sportschwimmer N.º 1 · 3R37 é bastante interessante, muito embora prometa algo mais do que aquilo que é capaz de oferecer.

O meu maior problema com o relógio (há outro, mas já lá vamos) é a sua designação: a marca sugere que será um excelente companheiro para nadar mas, como já por diversas vezes chamei aqui a atenção, os entusiastas que procurem um relógio com essas características nunca deverão optar por nada que ofereça menos do que uma resistência à água de 20 atmosferas (200 m). E este "Sportschwimmer" não vai além das 10 ATM. Aliás, pela leitura da sua ficha técnica, nem sequer surge a obrigatória coroa de rosca, essencial para assegurar uma estanquidade eficaz.

A segunda questão prende-se com o tamanho. A minha experiência com relógios diz-me que uma vez que nos habituemos a mostradores acima dos 40mm, dificilmente nos iremos contentar com relógios de menores dimensões. E este fica-se pelos 37mm.

Dito isto, há muito para gostar e, dependendo da importância que der ao que atrás escrevi, os "prós" são certamente superiores aos "contras".

Comecemos por dentro. O coração deste Rotor é um movimento automático suíço Sellita SW 200-1 com data às 3H00. Trata-se de um movimento moderno, com 26 rubis e que trabalha a 4Hz (28.800 Alternâncias/hora); inclui paragem de segundos (o ponteiro dos segundos para quando se puxa a coroa, para facilitar o acerto da hora) e opção de corda manual (útil para repor rapidamente a reserva de marcha, que é da ordem das 38 horas).

A caixa em aço tem, como já disse, 37mm de diâmetro e os elegantes 10,5 mm de espessura. O fundo, roscado, tem vidro para observação do movimento. Contudo, a Rotor decidiu – à semelhança do que acontece na maioria dos seus modelos – dispensar o mais dispendioso vidro de safira optando por um mostrador em vidro mineral.

A execução do mostrador é muito bem conseguida, com grandes numerais árabes nas posições pares e índices nas restantes, todos eles com acabamento preto, cor que é também usada nos ponteiros. Para resolver o problema da legibilidade, a Rotor optou por realizar um tratamento luminescente a todo o mostrador, o que significa que a leitura é feita não pela visibilidade no escuro de ponteiros e índices, mas sim pelo contraste entre estes e o fundo luminoso.

Uma última decisão de design que me agrada é a inclusão de uma bracelete têxtil contínua, tipo NATO, que a Rotor disponibiliza em quatro cores: cinza (na foto), preto, verde azeitona e creme.

O preço de referência do relógio é de 359 euros (com IVA a 19%),  um valor muito interessante para o conjunto oferecido.
 

Edit 29/11/2020: Este relógio, e a marca, já não existem.

02 setembro, 2014

Christopher Ward C11 Titanium Extreme 1000


Não possuo qualquer relógio de mergulho. Há uns 15 anos tive um Sector que (supostamente) tinha resistência à água de 100 metros e que "morreu" após um simples mergulho de piscina. Percebi tardiamente que as reivindicações de resistência à água por parte dos fabricantes têm de ser vistas com… uma pitada de sal.

Isto porque os testes referem-se à resistência a pressões atmosféricas e equivalem ao comportamento do relógio a uma determinada profundidade. Assim, 3 atmosferas equivale a 30 metros de profundidade; 5 ATM a 50 metros; 10 ATM a 100 metros; e por aí adiante.

Teoricamente, uma resistência de 3 atmosferas (30 metros) devia significar que um relógio podia ser usado sem problema numa piscina. Contudo, na prática, não é assim. Porquê? Porque  o simples movimento do braço num meio líquido aumenta a pressão sobre o relógio; um mergulho numa piscina com apenas 2,5 metros de profundidade pode implicar um impacto superior a dezenas de atmosferas. Já anteriormente falei sobre isto, pelo que basta seguir o link para saber mais sobre o assunto.

Mas vem tudo isto a propósito de que, quando procuramos um relógio que possa de facto ser usado sem problemas na piscina ou no mar, o mínimo para que devemos apontar é uma resistência de 20 atmosferas (200 metros). E, na verdade, 200m e 300m são as resistências à água mais comuns que encontramos em relógios de mergulho abaixo dos 1.000 euros.

Existem no entanto relógios que foram concebidos para profundidades maiores. O valor dos 500 metros é algo que garantirá que o relógio poderá ser usado em praticamente qualquer circunstância.

Temos depois casos extremos de engenharia que garantem o funcionamento de um relógio para além do que é, digamos assim, normal. É o caso do Rolex Deepsea, certificado para resistir até… 3.900 metros! Claro que aqui estamos a falar em relógios com um preço superior aos 10.000 euros.

No entanto, também nas marcas mais acessíveis é possível encontrar peças de elevada resistência à água. É o caso do Christopher Ward C11 Titanium Extreme 1000, uma versão melhorada do C11 de mergulho normal (resistente até 500 metros) de que também já aqui se falou.
Como o nome sugere, este novo modelo, com caixa reforçada em titânio, foi concebido para resistir a pressões até 100 atmosferas (1000 metros), o que na prática significa que poderá ser usado em praticamente qualquer situação exceto talvez explorar a Fossa das Marianas.

Tal como o modelo que lhe serve de base, também este possui um desenho muito bonito, graças à utilização de um bisel interior – em vez de exterior – para controlo do tempo de mergulho, o que aligeira o design da caixa. O movimento é uma versão com certificação COSC do Sellita SW 200-1.

Para aguentar as elevadas pressões, a Christopher Ward trabalhou diversos aspetos o relógio, trocando o aço pelo titânio na caixa, de forma a compensar o peso mais elevado pela utilização de um vidro de safira com 4,3mm de espessura. As coroas de rosca foram igualmente objeto de uma nova abordagem, de forma a melhor a sua estanquidade – uma terceira coroa, às 8H00, destina-se a controlar a válvula de hélio, inexistente no C11 original.

O preço de referência é de £1.150. A Christopher Ward irá produzir uma série limitada de 1.000 unidades deste relógio.

Edit 30/11/2020: Este modelo já não se encontra à venda. A atual gama de relógios de mergulho da marca pode ser encontrada aqui.

22 fevereiro, 2013

Archimede Outdoor Automatic Sport

Já falámos anteriormente da marca alemã Archimede, a propósito de um modelo tipo deck watch, mas este relógio é suficientemente diferente para valer a pena revisitarmos a marca.

Por vezes, o que se pretende mesmo num relógio é versatilidade e simplicidade, e é isso mesmo que este modelo oferece. Sob a apresentação clássica dos três ponteiros com data às 3H00, temos uma peça pensada para utilização em exteriores, o que dá precisamente a designação ao modelo: Outdoor Automatic Sports.

Edit 28/11/2020: O relógio continua à venda mas, agora, com caixa em titânio... e já não é B3, uma vez que custa mais de 1000€!

O movimento mecânico automático SW 200 é de origem suíça e todo o relógio foi concebido para ser prático de usar e legível: caixa de médio formato (38,7 mm), relativamente fina (10,5 mm) e leve (120 gramas com bracelete em aço, apenas 70 gramas com bracelete em pele) e vidro de safira.

O carácter desportivo e dinâmico é complementado pela resistência à água até 200 metros (20 atm) numa caixa com fundo aparafusado e coroa de rosca. O preço é razoável para um relógio mecânico de qualidade: €580 ou €525 caso prefira com bracelete em pele.

16 janeiro, 2013

Christopher Ward C11 Makaira Pro

Já anteriormente apresentei um modelo da marca britânica Christopher Ward, o cronómetro C50 Malvern.
Conhecida sobretudo pelos seus relógios elegantes, a marca lançou no final de 2012 uma linha de relógios de mergulho designada C11 Makaira Pro, a qual conjuga um desenho especialmente feliz numa caixa estanque concebida para pressões até... 500 metros (50 atm)!
Este relógio com movimentos automáticos suíços (Selitta SW200-1) não é particularmente barato – custa cerca de 600 euros (£499] comprado diretamente no site da marca na versão com bracelete em borracha.
Mas é bom repetir isto novamente, muito d-e-v-a-g-a-r-i-n-h-o: 500 metros! A maioria dos relógios de mergulho de maior qualidade não ultrapassa os 300 metros, sendo 200 o valor mais comum. Um relógio de mergulho, ainda por cima automático, capaz de resistir a este tipo de pressões, é algo que nunca pode ser barato, pois não é apenas o movimento que está em causa, mas toda a construção do relógio.
Por outro lado, este é um dos relógios de mergulho mais bonitos que já vi, os quais tendem a ser todos semelhantes entre si. Aquilo que mais contribui para este desenho elegante é o facto de o bisel rotativo para controlo do tempo de mergulho ter sido, neste caso, substituído por um anel interno, o que permite um mostrador mais "limpo" (a rotação é feita através da segunda coroa que se encontra na posição das 2 horas). Outro ponto a favor, para quem como eu tem braços relativamente finos, é que o diâmetro é de apenas 42mm, um valor perfeitamente normal para um relógio de mergulho.
Este é o modelo C11-MAK-SKWSI com mostrador preto e numerais brancos e bracelete em borracha. Existem variações de cor e com bracelete em aço.