05 janeiro, 2013

Mecânico ou automático?



Neste blog utilizo de forma indiferenciada os termos "mecânico" e "automático", embora saiba que não estou a ser 100% exato. Melhor dizendo: todos os movimentos automáticos são mecânicos, mas nem todos os movimentos mecânicos são automáticos.

Antes de avançar, devemos estabelecer desde já que a diferença é muito simples: um movimento mecânico automático é aquele em que não é preciso "dar corda" manualmente ao relógio, todos os dias, para que ele funcione; o movimento do pulso é suficiente para manter a corda sob tensão, através de um rotor que faz parte do mecanismo, pelo que o simples facto de colocarmos o relógio no pulso é suficiente para o manter em movimento.

As imagens acima mostram dois movimentos mecânicos suíços, ambos em relógios Steinhart. O da esquerda é um Unitas 6497, mecânico com corda manual; o da direita é um Valjoux 7750, automático, onde é perfeitamente visível o rotor, em dourado.

As coisas complicam-se depois um pouco porque existem relógios automáticos que também permitem "dar corda" manualmente ao relógio, o que é útil quando o relógio não tem qualquer reserva de marcha, enquanto outros só possibilitam mesmo o movimento a partir das oscilações dadas ao próprio relógio. Mas o mais importante é mesmo esta distinção: automático é um relógio com movimento mecânico ao qual não é preciso dar corda manualmente para que funcione.

Neste blog, e como a esmagadora maioria dos modernos movimentos mecânicos é também automática, usamos ambos os termos como sinónimos, por uma questão prática; mas sempre que surja uma ocasião em que o movimento mecânico não seja automático, daremos nota disso mesmo.

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