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31 maio, 2025

Vostok Europe Batiscafos PX84-511A770: o regresso do Kinetic

 

Vostok Europe Batiscafos


A Vostok Europe tem uma nova gama, designada Batiscafos. São relógios de mergulho sérios, com resistência à água de 300 metros e iluminação que conjuga superluminova com tubos de trítio.

Se há coisa de que não podemos acusar a marca lituana é de não ser original. Todos os seus desenhos são imediatamente reconhecíveis... como sendo um Vostok Europe! É certamente o caso destes Batiscafos.

Usando o mesmo design básico, a gama inclui seis modelos baseados em três movimentos totalmente diferentes: duas variantes três ponteiros automáticas com data rasgada às 3h00, que utilizam o movimento Seiko/Epson NH35; dois cronógrafos de quartzo, cortesia do movimento Citizen Miyota 6S21; e dois relógios com o novo movimento híbrido PX84, também da Seiko/Epson.

Este movimento "híbrido automático" não é mais do que um rebrand dos movimentos Kinetic dos anos 90. Ou seja, um rotor em tudo semelhante ao dos relógios mecânicos automáticos é usado como fonte de energia para carregar uma bateria recarregável que fornece energia ao movimento de quartzo.

Aliás, é precisamente para verificar a reserva de marcha que serve o poussoir às 2h00: ao ser pressionado, o avanço do ponteiro dos segundos exibe a quantidade de energia disponível. Um avanço de 5 segundos significa reserva de marcha para "mais de um dia", 10 segundos significa "mais de 7 dias", 20 segundos "mais de um mês" e 30 segundos "de 4 a 6 meses".

A razão por ter escolhido esta variante do Batiscafos deve-se sobretudo à originalidade do movimento porque, na verdade, até prefiro qualquer um dos outros dois, que esteticamente me agradam mais. 

Apesar das diferenças, o projeto parte todo da mesma (muito) grande caixa em aço, com quase 50mm de diâmetro (49,7mm). Além do diâmetro, também a espessura é significativa, sendo que neste caso, devido ao rotor, é ainda maior do que nas outras variantes, com 17,2mm. 

À semelhança de todos os outros modelos e gamas da Vostok Europe, também aqui o vidro usado não é de safira, mas mineral endurecido (K1), semelhante ao Seiko Hardlex. A vantagem, quando utilizado num "tool watch" como este, é que o vidro K1 é mais resistente aos impactos do que o vidro de safira; em contrapartida, pode ser riscado, embora não tão facilmente como o vidro mineral convencional.

Em termos de funcionalidades, e além da indicação de reserva de marcha referida acima, temos dia e data, sendo que a data surge numa janela às 6h00 enquanto o dia da semana é indicado através de um ponteiro às 4h30.

O relógio é vendido numa "dry box" com duas braceletes e ferramenta para a sua substituição. A bracelete de pele é integrada na caixa, tal como se pode ver na imagem, e é ainda incluída uma de silicone.

Existe uma variante com mostrador preto e caixa com destaques em ouro rosa.

O preço de referência é de 799€.

17 abril, 2023

Deep Star 1000 Vintage Swiss Automatic: suíço, mas B3

 


A Deep Blue é um microbrand fundado nos EUA em 2007. A empresa focou-se desde o início em tools watches de mergulho, e é sobretudo esse o tipo de relógios que encontramos ainda hoje nas suas diferentes gamas de produto.

Agora que o tempo está mais quente e convida a mergulhar, nada melhor do que sugerir o Deep Star 1000 Vintage Swiss Automatic. Esta gama inclui diversos relógios, com diferentes cores de mostrador, e todos com um preço-canhão de apenas 436€.

Poderão dizer-me que isso não é propriamente um preço interessante, dadas as opções em marcas como a Seiko ou a Orient. Mas é preciso ver melhor a folha de especificações: movimento suíço Sellita SW-200, um clone high-beat do lendário ETA 2824, 300 metros de resistência à água e mostrador protegido por vidro de safira.

O PVP indicado é o do relógio com bracelete em borracha de silicone, e inclui já portes para Portugal; o da imagem, com bracelete em malha milanesa, fica por mais 50€.

Este é um relógio um pouco grande de mais para o meu pulso (44mm de diâmetro e 15mm de espessura), mas que está em linha com muitos relógios de mergulho com especificações semelhantes. O desenho do mostrador não é propriamente original, mas também não ofende... O único aspeto que me agrada menos foi a decisão de colocar a janela de data na posição das 4h30.

Caso queiram encomendar, atenção: é preciso usar o website europeu, para evitar problemas com portes, impostos e alfândega.


03 abril, 2023

Ocean One GMT Titan premium Ceramic: O regresso do filho pródigo

 


Já por várias vezes aqui se escreveu que a Steinhart é uma das nossas marcas favoritas. Mas não há bela sem senão: nos últimos anos, a empresa alemã tem deixado de lado desenhos originais para se dedicar a hommages de Rolexes e Tudors... O que, quanto a mim, é algo que será lucrativo a curto prazo mas ruinoso a longo prazo. Mas cada um sabe de si, claro.

Uma das coisas que mais me chateou nos últimos tempos foi a marca descontinuar o Ocean One GMT, que deixou de aparecer no seu catálogo para ser substituído por... uma "homenagem", da qual de resto também já aqui se falou. E reconheço de que, desde que escrevi esse post, em 2020, até agora, a minha tolerância para estas hommages se reduziu substancialmente.

Foi por isso que, com grande surpresa e alegria, descobri que a Steinhart voltou a produzir o Ocean One GMT Titan premium Ceramic! No fundo, uma versão GMT do seu também original Ocean One Titanium 500. Sem saber mais do que qualquer um dos meus leitores, tenho a suspeição de que este volte-face se deve à súbita inundação do mercado com relógios GMT automáticos baseados em máquinas Seiko e Citizen.

Este Ocean One GMT Titan premium Ceramic é uma máquina com uma tremenda relação preço/qualidade, uma vez que oferece, por 740€, algo pelo qual muitos microbrands cobram mais de 1000€... mas, neste caso, usando um movimento GMT suíço!

Comecemos então por aí. O movimento escolhido pelos alemães da Steinhart foi o Sellita SW330-2, um clone melhorado do ETA 2893-2, e aqui alterado de forma a termos a janela de data às 6h00 em vez das 3h00 do calibre original. Mas a Steinhart não se ficou por aí, e selecionou a versão de topo deste movimento suíço, no acabamento Élaboré Premium e com o já tradicional rotor Steinhart dourado.

Este é um movimento high-beat que funciona a 4 Hz, ou seja, 28.800 alternâncias por hora, e que tem uma reserva de marcha igualmente melhorada, de 56 horas (a versão 330-1 oferecia apenas 42 horas). Este movimento tem também uma particularidade, que é a de ser relativamente fino, o que permite que este relógio tenha uma caixa com uns razoáveis 13 mm de espessura.

E por falar em caixa, o Ocean One GMT Titan premium Ceramic, como aliás o nome sugere, é produzido em titânio. O diâmetro é de 42 mm e a execução inclui – claro! – vidro de safira que, neste caso, recebeu um tratamento antirreflexo duplo do lado interior. A resistência à água, tal como no seu irmão sem GMT, é de 500 metros.

A luneta (bezel) inclui a escala de 24 horas para o quarto ponteiro e é produzida em material cerâmico, o que, em princípio, garantirá uma menor propensão para "atrair" riscos, como acontece em muitos casos, em que esta funcionalidade é fabricada em alumínio, muito menos resistente.    

Note-se que, em rigor, o novo movimento Myiota 9075 se pode considerar funcionalmente superior a este GMT suíço, uma vez que permite o acerto direto e independente do ponteiro das horas, enquanto que este apenas permite o acerto do quarto ponteiro com o segundo fuso horário. Mas... No mundo snob da relojoaria, "suíço" baterá (quase) sempre "japonês" num confronto direto. 

E, além disso, voltando ao que escrevi mais acima, este é um GMT que está a ser vendido por uns muito razoáveis 740€, quando encontramos micromarcas a esticarem-se de forma pouco razoável com movimentos japoneses GMT, como é o caso da Boldr e da já referida Gavox.

[Edit] está também disponível, pelo mesmo preço, uma versão deste relógio com caixa de 39mm.

25 novembro, 2020

Steinhart Ocean One GMT BLACK



Percebo o apelo, mas eu jamais consideraria comprar ou usar uma contrafação. Para mim, se cobiço um Rolex (e não, não cobiço...), ou arranjo dinheiro para comprar the real thing ou então assumo que é algo que está fora do meu alcance. Compreendo, e não julgo quem decida fazê-lo, mas não é certamente algo que acho que (para mim) faça sentido.

Caso bem diferente é o (vasto) mundo dos relógios ditos "de homenagem", normalmente apelidados através da designação francesa, hommage. E é óbvio que é na presença de um desses relógios que estamos quando olhamos para o Steinhart Ocean One GMT Black, que foi buscar bem mais do que inspiração ao lendário Rolex GMT Master

A diferença, além da marca, do nível de execução e do movimento usado, está no preço, claro. Enquanto o relógio alemão custa uns razoáveis 510 euros, os valores dos Rolex, dependendo das variantes, começam nos 10.000 euros e vão por aí fora!

Mas porque é que o Steinhart não pode ser considerado uma contrafação, quando é óbvio que tentou emular todos os detalhes do clássico Rolex? Porque é claro para toda a gente que se trata de um Steinhart! Uma contrafação vai mais além e irá copiar também tudo o resto, incluindo a marca, logótipos, etc. E, pelo contrário, quem produz uma contrafação não está sequer muito preocupado com a qualidade do produto final, enquanto a Steinhart é uma marca que se orgulha das suas criações e utiliza movimentos automáticos suíços genuínos.

Claro que, logo aqui temos uma diferença fundamental: enquanto as complicações oferecidas são as mesmas (segundo fuso horário e data), os movimentos são bastante diferentes, com o calibre in-house da Rolex a oferecer reserva de marcha de 70 horas (50 horas no ETA 2893-2 usado pela Steinhart); além disso, este Rolex (e, na verdade, todos os Rolex) tem certificação de cronómetro, pelo que a sua precisão será sempre superior à do Steinhart.

Mas há também diferenças na maneira com as complicações foram implementadas, com a função GMT no Rolex a permitir o acerto mais fácil e preciso do segundo fuso horário, e de forma completamente independente da hora principal.

E no entanto... Enquanto eu jamais conseguiria justificar gastar uma dezena de milhar de euros num relógio, consigo imaginar-me perfeitamente a adquirir o Steinhart pelos 510€ pedidos pela marca.
A Steinhart tem ainda algumas vantagens face à Rolex, nomeadamente o facto de oferecer este relógio com caixas de 39mm, 42mm (no caso deste modelo em particular) e 44mm (esta última, de proporções não muito conseguidas, quanto a mim); o Rolex está apenas disponível com caixa de 40mm.

Note-se também que, quanto à caixa, a proporção não é tudo. A Rolex usa uma liga especial de aço, designada "oystersteel" (e que dá o nome ao relógio), também designado por aço 904L, o qual é muito mais resistente aos riscos e à corrosão do que o aço 316L usado pela Steinhart e pela maioria da indústria relojoeira.

Já uma vantagem do relógio alemão é que a sua caixa é resistente à água até 300 metros, enquanto a do Rolex, que assume dessa forma a vertente mais cosmopolita neste modelo em particular, se fica pelos 100 metros. Claro que não esperamos que ninguém leve qualquer um destes relógios para fazer mergulho mas, no caso do Steinhart, ficamos pelo menos a saber que podemos

Por falar em mergulho, chamo a atenção para uma funcionalidade interessante deste relógio, e que segue a implementação pioneira da Rolex: o bisel (luneta) que, num relógio de mergulho vem normalmente graduado em minutos, para controlar o tempo de mergulho, surge aqui numa graduação de 24 horas. Isto deve-se à sua funcionalidade GMT, na qual o segundo ponteiro das horas (o que tem uma seta na ponta) dá uma volta completa ao mostrador ao longo de um dia e aponta, assim, para a escala exterior indicada no bisel. Note-se que no caso da Rolex, este bisel pode ser rodado nos dois sentidos mas, no Steinhart, é unidirecional.

A execução da Steinhart inclui vidro de safira com duplo revestimento antirreflexo no interior, a tradicional lente sobre a janela de data (aqui, pelo que tenho lido, muito menos potente na ampliação do que no "ciclope" da Rolex), e bracelete em aço com mola de libertação rápida. O preço, como já indiquei acima, é de 510€, diretamente no site da empresa, acrescido de portes que, para Portugal, são de 15 euros.

13 dezembro, 2019

Zelos Swordfish V2 Midnight Blue


A Zelos é uma jovem marca de relógios baseada em Singapura, que me chegou através de uma dica de um leitor deste blog.

Esta microbrand possui um número surpreendente de coleções mas, dado tratarem-se de edições limitadas a poucas unidades por cada variante, a maioria do que encontramos no site da marca encontra-se esgotado.

No entanto, este modelo que vos trago hoje, o Swordfish V2, está disponível e é um belíssimo relógio de mergulho, bem desenhado e (aparentemente) melhor executado, com caixa de 42 mm de diâmetro resistente até 300 metros.

Esta variante em particular chama-se Midnight Blue, numa referência à cor azul do mostrador e da luneta rotativa, e tem um preço de 349 dólares + portes (enviam para Portugal). A marca decidiu utilizar aqui o popular movimento mecânico automático NII (Seiko) NH35A mas implementou-o dispensando a habitual complicação de data.

O resultado é um relógio particularmente elegante – em especial para um modelo de mergulho – e com uma aplicação generosa de Superluminova nos ponteiros e índices do mostrador e também nos numerais e índices da luneta (unidirecional de 120 cliques). A execução inclui bracelete em aço e vidro de safira.



06 outubro, 2019

Relógios do Quotidiano no Grande Prémio de Relojoaria 2019


O Grande Prémio de Relojoaria do Anuário Relógios e Canetas tem este ano a sua terceira edição e, tal como aconteceu no passado, é possível a qualquer pessoa votar para a categoria da Escolha do Público.

Há 21 relógios em competição (3 para cada uma das 7 categorias a concurso), mas a única que nos interessa é a dos "Relógios do Quotidiano", uma tradução portuguesa para o que no setor se costuma designar de daily driver: uma peça não muito cara que usamos no nosso dia-a-dia sem preocupações de maior.

Os requisitos desta categoria são apenas dois: o preço tem de estar abaixo dos 1000 euros e o movimento usado deverá ser mecânico.

A votação para a Escolha do Público pode ser feita aqui (em qualquer peça, e não necessariamente nestas três que aqui vos apresento). Estas são as três peças a concurso na categoria Relógios do Quotidiano: uma alemã, uma japonesa e uma suíça:

Iron Annie Cockpit 5156-6



Dos três selecionados para concorrer à categoria "Relógio do Quotidiano", a marca Iron Annie (com a qual os alemães da Pointtec estão a pouco-e-pouco a substituir a gama Junkers) é estreante nestas andanças.

O modelo proposto, a referência 5156-6 da família Cockpit, tem um sabor vintage, uma vez que o seu desenho segue de perto o dos relógios ditos de "navegador" usados pelos pilotos alemães na Segunda Guerra Mundial.

A principal características destes relógios consiste na escala horária usada no desenho do mostrador: os numerais mais importantes são os dos minutos/segundos, com a escala horária normal a ser relegada para uma posição concêntrica e com menos destaque.

Neste caso, temos direito a uma concessão moderna, com o relógio a incluir uma pequena janela de data na posição das 6 horas.

A execução é muito boa e inclui vidro de safira, fundo em vidro para observação do movimento suíço ETA 2824-2 e mostrador totalmente luminescente com leitura por contraste no escuro.

A caixa tem 42mm de diâmetro e resistência à água de 5 atmosferas. O PVP é de 499€.

Edit: Este foi o vencedor da categoria Relógio do Quotidiano".


Seiko Pressage Jardim Japonês SSA397J1




A Seiko foi shortlisted para esta categoria pela terceira vez consecutiva - um resultado justo face ao posicionamento da marca japonesa, que possui na sua extensa gama uma enorme quantidade de relógios B3.

Este modelo da sua gama Pressage Japanese Garden é particularmente bem conseguido e possui uma particularidade interessante: vem equipado com um movimento mecânico automático com indicador de reserva de marcha e data num sub-mostrador às 6h00.

Este indicador surge implementado por intermédio de uma escala em semicírculo entre as 11h00 e as 4h00 e é complementado por um ponteiro amarelo terminado em seta.

O desenho inclui mostrador de fundo verde, caixa em aço de 42mm com vidro de safira e fundo em vidro para observação do movimento. As posições horárias são ocupadas por índices aplicados. O resultado é um relógio extremamente elegante e que dará um excelente dress watch. O PVP oficial é um pouco puxado (790€) mas o resultado é francamente bom.

Edit: Este foi o vencedor da categoria Escolha do Público.



TISSOT SEASTAR 1000 POWERMATIC 80







O terceiro relógio desta lista é um Tissot de mergulho. Trata-se da referência T120.407.17.041.00, uma máquina baseada no movimento Powermatic 80 do grupo Swatch, com reserva de marcha para 80 horas.

Este é um modelo com proporções muito boas, não sendo excessivamente grande para um relógio deste tipo (43mm, incluindo o bisel rotativo unidirecional). A execução é típica da marca, com vidro de safira no mostrador e fundo em vidro para observação do movimento.

O mostrador, de fundo azul escuro, tem um desenho típico dos modelos de mergulho, com índices nas posições horárias. Estes, bem como os ponteiros, têm leitura no escuro através da aplicação de material luminescente. Uma janela de data às 6h00 (mas sem ocupar a posição do índice respetivo) completa o desenho.

A caixa deste relógio é resistente à água até 300 metros, o que - juntamente com o elevado nível de execução e prestígio da marca - justificam o preço de referência de 690€ (menos 100€ na Amazon Espanha).

12 outubro, 2018

Prometheus Eagle Ray

Prometheus eagle Ray

A marca portuguesa Prometheus cumpre este ano o seu 10.º aniversário – parabéns! – mas a prenda é para os fãs da marca, com um novo relógio chamado Eagle Ray.

A Prometheus continua centrada na criação de relógios de mergulho bem como apontada ao mercado internacional, o que de alguma forma justifica toda a descrição em inglês e os preços em dólares. Mas, como já aqui escrevi ao referenciar outras máquinas da marca, o que continua a não se justificar é o seu website, cujo aspeto amador contrasta com o cuidado dado à criação das peças.

E este Eagle Ray parece-me mesmo muito bem! A colocação das coroas (acerto da hora/data e rotação do bisel interior) são reminiscentes dos chamados “super compressor”, mas não é só isso que torna esta peça num excelente negócio – num mundo de micromarcas que optam sobretudo por movimentos japoneses este é um relógio que utiliza um movimento automático suíço ETA 2824-2 com data e que tem um preço de 555 dólares.

O “catch” é que este é o preço para pré-reserva (com depósito de 50% do valor total). Caso adquirido agora, a entrega será apenas realizada entre Março e Maio de 2019. Contudo, após essa data (e se ainda houver unidades disponíveis), o preço será 750 dólares. Com outra micromarca qualquer, o pagamento antecipado para garantir o relógio não seria algo que eu recomendasse, mas a Prometheus já cá anda há bastante tempo e tem uma excelente reputação não apenas referente à execução dos seus relógios mas também ao cumprimento das suas promessas.

E por falar em execução, este relógio tem uma caixa em aço de excelente proporções, com 42mm de diâmetro, resistência à água até 300 metros, vidro de safira e dois biséis – um interior bidirecional mas também um exterior, unidirecional, de 120 passos (cliques). Vale a penas dar uma vista de olhos pelo site, uma vez que existem variantes deste modelo, ao mesmo preço, com diferentes acabamentos em termos de mostrador e também sem janela de data (mas usando o mesmo movimento), para quem prefere um aspeto mais minimalista.

21 maio, 2018

Certina DS Action Diver Powermatic 80

Certina DS Action Diver Powermatic 80
Já não falo da Certina há algum tempo. Esta marca do grupo Swatch tem sobretudo peças mais desportivas, com destaque para os cronógrafos de quartzo, mas o modelo que vos trago hoje, já a adivinhar os tempos de praia e mar, é um relógio de mergulho automático.

Mas não é um “automático” qualquer. Utiliza o movimento Powermatic 80, utilizado pela primeira vez pela Tissot em 2013. Já aqui falei de um outro Certina com este movimento, mas esta é a primeira vez que faço uma referência a um relógio de mergulho equipado com esta máquina.

O desenho desta referência (C032.407.11.041.00) é o de um clássico diver, quer no tamanho geral da caixa (43mm) quer nas proporções. Mas isto de relógios de mergulho tem muito que se lhe diga… E eu, no que me diz respeito, sou muito picuinhas em detalhes como o formato dos ponteiros ou o tamanho do bisel rotativo, por exemplo.

Ora acontece que, neste caso, estamos perante um relógio que eu não me importava de usar, até como daily driver. Os relógios de mergulho (enfim, pelo menos os mais discretos) têm esta característica de serem extremamente polivalentes: além de serem excelentes máquinas para usar todos os dias, sentem-se igualmente à vontade em contextos desportivos e até formais.

A coleção DS Action Diver Powermatic 80 inclui seis referências diferentes que variam apenas em termos de cor do mostrador e, nalguns casos, dos ponteiros. De resto, todas partilham a mesma caixa em aço de 43mm com resistência à água até 300 metros (certificação ISO 6425, garante a Certina), bisel rotativo unidirecional em alumínio e vidro de safira.

Resta o preço. O valor de referência indicado no site da marca é de 795 francos suíços – cerca de 665€. Não é fácil arranjar por muito menos, mas após busca online encontrei o mesmo modelo (mostrador azul) na Amazon.es por 635€, com portes grátis para Portugal.

10 agosto, 2016

Armida A1 steel 42mm 300m Diver NH35


As chamadas "micro-marcas" continuam a proliferar e é-me cada vez mais difícil acompanhar o ritmo! Recentemente aderi a um grupo no Facebook especializado nestes "micro brands" e descobri algumas peças muito interessantes – como este Armida automático.

Trata-se do modelo de mergulho A1, estanque a 300 metros, com o movimento automático Seiko NH35A. Uma das coisas que mais me atraiu neste modelo foi a sua simplicidade: tudo, do desenho da caixa, aos ponteiros e índices e terminando nas inscrições no mostrador, é sóbrio e de bom gosto – o que nem sempre acontece, infelizmente.

Além disso, a marca tomou algumas decisões interessantes na implementação do movimento, nomeadamente ao rodar a coroa para a posição das 4h00, de forma a tornar o relógio mais confortável de usar e, sobretudo, ao prescindir da janela de data – muito embora o movimento possua essa complicação de raiz.

O resultado, numa caixa de 42mm com proporções muito boas, é excelente. E se adicionarmos o facto de possuir vidro de safira e poder ser vendido com bracelete de borracha e de aço (na foto) por um valor muito razoável de 369 dólares, temos aqui uma proposta ganhadora.


16 maio, 2016

Steinhart Ocean Vintage GMT


Já sabem que a Steinhart é uma das minhas marcas B3 favoritas. E enquanto muitas outras conseguem oferecer relógios acessíveis optando por movimentos japoneses, a marca alemã continua a surpreender mantendo a oferta concentrada em torno de calibres suíços mas com um preço que sugeriria máquinas de outras proveniências.

Este Ocean Vintage GMT é mais um excelente exemplo da filosofia da marca. Baseado num movimento automático ETA 2893-2 com segundo fuso horário, a Steinhart oferece aqui uma interpretação própria do Rolex Explorer 1655, num relógio que pode também ser usado em mergulho, uma vez que oferece uma resistência à água até 300 metros.

Contudo, para tirar total partido do ponteiro adicional do segundo fuso horário, em vez de um bisel unidirecional graduado em minutos, a Steinhart optou por um bisel graduado em 24 horas, o que facilita a leitura imediata para quem esteja de viagem em paragens distantes.

As proporções são também muito boas, com uma caixa de 42mm de diâmetro e um bisel relativamente estreito. O conjunto é completado por uma bracelete em aço que reforça e prolonga a elegância das linhas do relógio. Tal como sucede em praticamente todos os modelos da marca alemã, o mostrador é protegido por vidro de safira.

O preço de tudo isto? Uns muito razoáveis 510 euros + 15€ de portes para Portugal.

[Edit: texto alterado em 15/11/2020 com referência ao Rolex Expolorer 1655]

29 fevereiro, 2016

Sturmanskie Ocean Stingray



A Sturmanskie acaba de lançar em Portugal o Ocean Stingray, resistente a pressões de até 30 atmosferas, ou seja, 300 metros de profundidade.

A marca russa – a primeira a viajar até ao espaço, no pulso do primeiro cosmonauta, Yuri Gagarine – diz que se propôs "criar um relógio capaz de ser usado nas situações mais extremas mas que, ao mesmo tempo, pudesse ser uma peça de utilização no dia-a-dia", razão pela qual "todas as decisões de engenharia tomadas na conceção do Ocean Stingray foram coordenadas com os aspetos práticos da utilização do relógio e, claro, desenhadas de forma a criar um modelo esteticamente apelativo."

O resultado final agrada-me bastante, com uma estética "brutalista" a lembrar a dos relógios dos submarinos soviéticos dos anos 70, com pormenores como a coroa protegida e, nalguns modelos, duas barras de aço verticais a protegerem o mostrador.

O relógios é baseado num movimento automático Seiko NH35A com data e possibilidade de corda manual e paragem de segundos. A caixa em aço escovado tem 46 mm e o bisel unidirecional em PVD preto lacado é ligeiramente maior, com 47,5mm.

Os ponteiros, numerais e índices possuem tratamento com Superluminova para visibilidade no escuro, o mesmo acontecendo com seis pontos (nas posições horárias pares) no bisel rotativo. Todos os Sturmanskie Ocean Stingray são vendidos numa caixa exclusiva que inclui duas braceletes (pele genuína e borracha de silicone) bem com uma ferramenta para a sua substituição.

Estes relógios estarão disponíveis em Portugal a partir do final de Fevereiro através da rede de agentes da Sociedade de RelojoariaIndependente. O PVP sugerido é de 735 euros para qualquer das variantes.